Atrás apenas de Bolt e Blake: velocistas brasileiros se classificam

Atrás apenas de Bolt e Blake: velocistas brasileiros se classificam

Crédito: Alaor Filho/AGIF/COB
Crédito: Alaor Filho/AGIF/COB

A escalação das baterias não havia sido boa: Aldemir Gomes e Bruno Lins disputariam as três vagas para a semifinal dos 200m rasos ao lado de Usain Bolt e Yohan Blake, os maiores velocistas da atualidade. Mesmo assim, a falta de sorte transformou-se em motivação. Em duas baterias bem concorridas, Altemir e Bruno Lins terminaram em segundo lugar – atrás dos jamaicanos – e conseguiram a vaga na semifinal com os tempos de 20s53 e 20s52, respectivamente. No geral, ficaram com a décima e com a oitava colocações da prova. Já Sandro Viana não fez uma boa apresentação e terminou sua prova em sétimo lugar (43º, no geral), eliminado, com 21s05. A semifinal dos 200m será disputada nesta quarta-feira, a partir das 20h10 (16h10, horário de Brasília).

Escalado para a primeira bateria dos 200m rasos e em sua segunda competição internacional, Altemir mostrou uma boa recuperação no fim da prova e passou de quarto para segundo lugar nos metros finais, atrás apenas de Bolt. “Quando eu vi o start list, fiquei impressionado. Correria ao lado do Bolt e numa raia ruim, a 9. Na hora, procurei não pensar que o Bolt estava ali. Se começo a pensar no que ele está fazendo, eu me perco na prova”, afirmou.

Já Bruno Lins manteve um bom ritmo e garantiu a vice-liderança, atrás de Blake, com relativa tranquilidade. “Foi muito motivador ter o Blake logo ao lado. Ele puxou a prova e forçou o ritmo de todo muno. Foi uma série bem forte”, lembrou. “Serviu também para quebrar o gelo da estreia. Na semifinal, entraremos mais seguros e tranquilos”.

Os dois velocistas brasileiros veem espaço para melhorar suas marcas e brigar por uma vaga na final. “Não fiz uma boa curva e tive que recuperar na reta, forçando até o fim, se não ficaria fora”, lembrou Altemir, que já fez 20s38 este ano – quinze centésimos a menos do que marcou nesta manhã. Bruno também quer aperfeiçoar a técnica para a semifinal. “Errei a entrada da curva para a reta, mas felizmente consegui me recuperar. Para passarmos para a final, temos que fazer abaixo de 20s30”.

Laila Ferrer, a primeira brasileira a se apresentar na manhã, na eliminatória do lançamento do dardo, não alcançou a vaga para a final. Depois de dois arremessos fracos, a brasileira atingiu a melhor marca na terceira e última tentativa, com 58m39. A distância, no entanto, foi insuficiente para colocá-la entre as 12 finalistas – Laila ficou com a 21ª posição. “Era a minha primeira grande competição internacional, ao lado das melhores do mundo”, explicou. “Comecei com medo de errar, presa, lenta nos meus movimentos. Apenas no último consegui uma marca boa, perto do melhor que já fiz”.

Representante brasileiro no salto triplo, Jonathan Silva também não teve uma boa performance e ficou com a 26ª posição. O saltador alcançou a marca de 15m57 em seu primeiro salto e queimou os dois seguintes. A distância ficou bem aquém do recorde pessoal de Jonathan, que fez 17m39, em abril.

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