Adriana Araújo encerra jejum no boxe e já tem o bronze garantido

Adriana Araújo encerra jejum no boxe e já tem o bronze garantido

Crédito: Valterci Santos/AGIF/COB
Crédito: Valterci Santos/AGIF/COB

Foram 44 anos de fila por uma medalha para o boxe brasileiro; para as mulheres, o tempo de espera foi ainda maior: foram 108 anos de esporte nos Jogos Olímpicos até que elas ganhassem o direito de subir ao ringue para competir. Nesta segunda à tarde, 6, na Arena ExCel, Adriana Araújo botou na lona os dois jejuns. A pugilista soteropolitana derrotou a marroquina Mahjouba Oubtil por 16 a 12, se classificou para a semifinal da categoria peso leve e garantiu uma medalha de bronze para o país, logo na estreia da modalidade feminina nos Jogos. A brasileira enfrentará a russa Sofya Ochigava nesta quarta-feira, às 14h15 (10h15, horário de Brasília), por um lugar na final.


“Estou muito feliz por garantir essa medalha para o país. Tínhamos dez bons boxeadores do Brasil aqui, mas fico contente de ter sido a primeira a ganhar. Espero que o boxe feminino seja mais visto agora”, disse Adriana, que também falou sobre as dificuldades que a esperam na semifinal. “A russa já foi campeã mundial e é atual vice. No último Mundial, ela me derrotou. Mas quero ver até onde consigo ir”.

Depois de uma estreia marcada pela ansiedade, Adriana privilegiou um estilo mais técnico nas quartas de final. Precisa, passou a abrir pontos desde o primeiro round, vencido por 4 a 2. Após abrir vantagem de 7 a 4 no início do segundo assalto, a brasileira perdeu seu único round no combate – o terceiro, por 4 a 3. Recebeu orientação do técnico, passou a evitar o confronto direto e confirmou a vitória por 16 a 12. “Procurei usar menos golpes e ser mais certeira para garantir uma boa pontuação”, explicou Adriana. “Temos de ir de acordo com cada luta, com cada adversária. A tática do combate muda de um round para outro”.


Após treinar futebol entre os 12 e 17 anos, tempo em que chegou a jogar no Vitória, Adriana descobriu o boxe a convite de uma amiga. Teve que enfrentar a resistência da mãe, que não gostava de ver a filha chegar machucada dos combates – após as primeiras conquistas, passou a ganhar também o incentivo dela. Desde então, treina com homens para melhorar os golpes e a defesa. “Gosto mais assim: me ajuda a evoluir no esporte”.

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