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De
volta à disputa dos Jogos Olímpicos após 16 anos (a última vez foi em Atlanta
96), a seleção masculina de basquete comandada pelo técnico argentino Ruben
Magnano será uma das grandes atrações para a torcida brasileira em Londres
2012. Não só pelo fim do hiato olímpico, mas também pela evolução nos aspectos
físico e técnico – e por ter reconquistado o prestígio internacional. O Brasil,
que está no Grupo B, estreia às 7h15 (horário de Brasília) deste domingo, 29 de
julho, contra a Austrália, na Basketball Arena.
Medalha
de ouro nos Jogos de Atenas 2004 no comando da seleção argentina, Magnano usa
toda sua experiência olímpica para passar tranquilidade ao grupo. Ele ressalta,
entretanto, que também é saudável que cada um viva toda a atmosfera dos Jogos. “O
objetivo é transmitir confiança para eles. São atletas de alto nível que atuam
na NBA ou na NBB. Os Jogos Olímpicos são algo muito especial e os mais
veteranos têm que passar experiência aos mais jovens”, diz Magnano, que faz uma
síntese da chave brasileira na primeira fase do torneio de basquete masculino
em Londres: “É um grupo duríssimo com seleções de alto nível técnico”, completa
o treinador.
Para
o armador Marcelo Huertas, o Brasil deve se concentrar ao máximo em toda
partida. “Talvez pelo fato de o outro grupo contar com dois times africanos
(Tunísia e Nigéria), com pouca tradição olímpica, seja menos complicado. Já o
nosso é muito igualado, com todas as seleções brigando por vaga. Por isso,
vamos pensar jogo a jogo. Não adiantar projetas as partidas contra Rússia ou
Espanha antes de pensar na Austrália, que é nosso primeiro adversário”,
adverte.
A
seleção brasileira fez bons jogos contra adversários expressivos nos amistosos
preparatórios para Londres 2012. Venceu a própria Austrália e há pouco mais de
uma semana, em Washington, o time mostrou força mesmo na derrota por 80 a 69
para a favorita seleção dos Estados Unidos. “Esta partida provou que podemos
brigar de igual para igual nestes Jogos. É evidente que os norte-americanos são
os grandes favoritos à medalha de ouro, mas não fugiremos da raia e vamos
encarar todo mundo”, avisa o armador Huertas.
O
treinador Magnano está satisfeito com o trabalho que tem sido feito.
“Felizmente, este grupo que está aqui hoje conseguiu uma coisa muito
importante, que é estar dentro de um torneio olímpico novamente. Há
solidariedade e vontade de trabalhar duro. Além disso, cada um conhece as
deficiências do outro. Taticamente, se existe um elemento a destacar, é o
sistema defensivo. É por isso que estamos aqui”, explica.
E
a defesa, hoje, é realmente uma preocupação primordial no jogo brasileiro. “O
grupo está mais experiente e com mais vivência dentro de quadra. Aprendemos com
os erros do passado, como aconteceu naquele pré-olímpico antes de Pequim quando
vencíamos a Argentina com boa diferença de pontos, mas acabamos perdendo a vaga
no final. Hoje jogamos um basquete mais coletivo e solidário e temos ataque e
defesa sólidos. Nossa defesa, por sinal, é uma das mais sólidas do mundo”,
gaba-se Huertas.
Além
da Austrália, o Brasil também enfrentará as seleções da Grã-Bretanha (31/07),
Rússia (02/08), China (04/08) e Espanha (06/08) no Grupo B. Já o Grupo A do
torneio olímpico de basquete masculino conta com Estados Unidos, Argentina,
França, Tunísia, Lituânia e Nigéria.
A
seleção masculina conta os seguintes atletas para brigar por uma medalha nos
Jogos de Londres 2012: Marcelinho Huertas, Larry Taylor, Raulzinho (armadores),
Leandrinho (ala-armador), Marcelinho Machado, Alex Garcia, Marquinhos,
Giovannoni (alas), Anderson Varejão (ala-pivô), Caio Torres, Nenê e Thiago
Splitter (pivôs).
Em
participações olímpicas, o basquete masculino já obteve três medalhas de
bronze: Londres 1948, Roma 1960 e Tóquio 1964. Além disso, tem dois títulos mundiais
conquistados em 1959 e 1963.
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