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Publicação
do Inca (Instituto Nacional do Câncer) aponta que pelo menos 19 tipos de câncer
podem estar relacionados ao trabalho. Profissionais de áreas como beleza,
aviação, química e farmácia estão mais propensos a desenvolver a doença.
Segundo a epidemiologista do Inca, Ubirani Otero, o estudo ‘Diretrizes para a
vigilância do câncer relacionado ao trabalho’ atende a uma demanda do
Ministério da Saúde (MS) e é pioneiro.
“Esta é a primeira vez que o Brasil lança uma publicação com abordagem ampla do
câncer decorrente da exposição a agentes cancerígenos nos ambientes e processos
de trabalho”.
De acordo com a especialista, o objetivo é que “esse documento sirva de
subsídio para os mais de 180 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador existentes”.
O levantamento cita quais são as substâncias mais associadas ao desenvolvimento
de tumores malignos.
Os principais grupos de agentes cancerígenos incluem metais pesados,
agrotóxicos, solventes orgânicos e até poeiras, como as de madeira e couro. A
epidemiologista diz que saber a profissão do paciente pode ajudar na descoberta
do motivo pelo qual ele teve a doença.
Para Ubirani Otero, a prevenção do câncer relacionado ao trabalho poderia ser
alcançada através do estabelecimento de prioridades, como restringir ou
eliminar a exposição dos trabalhadores às substâncias, além da “adoção dos
princípios da precaução como estratégia e da ação de vigilância”.
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