'Eu adoro provocação. Fico com raiva e ataco mais forte', afirma Lorena

'Eu adoro provocação. Fico com raiva e ataco mais forte', afirma Lorena

Lorena e o levantador Ricardinho vibram muito durante a partida (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)
Lorena e o levantador Ricardinho vibram muito durante a partida (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)

Ele parecia não estar num bom dia. Até então, os temidos ataques e saques de Lorena não chegavam a incomodar o Rio de Janeiro. O gatilho que faria o oposto do Vôlei Futuro despertar no jogo 2 da semifinal da Superliga foi acionado no segundo set. Exatamente no momento em que as duas equipes reclamavam com o juiz a posse de um ponto. Irritado, Lorena falou poucas e boas na rede, desagradou jogadores do outro lado dela e passou a ter mais de 11 mil vozes contra ele. A pressão que poderia derrubá-lo virou combustível. Dali em diante, o time de Araçatuba engatou a primeira e não olhou mais para trás. As informações são do GloboEsporte.com.

 

Lorena respondia a cada vaia e xingamento com pontos. Provocava o Maracanãzinho e arrancava sorrisos dos companheiros de equipe. Teve frieza nos momentos decisivos dos sets, mesmo sob forte pressão. Não foi à toa que terminou o confronto como o melhor em quadra e com 23 acertos na conta. Aliviado após a vitória, achou graça ao lembrar que teve todo o Maracanãzinho pegando no seu pé.

 

- Eu adoro provocação, me dá mais vontade, fico com raiva e ataco mais forte. Sempre foi assim e sempre vai ser assim até o final. Acho que fazem essa pressão porque gostam de mim. Se não gostarem, também não tem problema - diverte-se.

 

Em sua primeira temporada no Brasil depois de um período na Itália, Lorena não ficou satisfeito com sua atuação na partida anterior, na derrota em casa por 3 sets a 0.

 

- A minha pressão caiu e isso nunca tinha acontecido. Passei mal no primeiro set e voltei a jogar um pouco melhor no terceiro. Mas o time sente, precisa muito do meu jeitão. Aqui no Rio eu sabia que tinha que jogar e fazer o que fiz na Superliga inteira. Hoje nós nos divertimos jogando. Depois de perder o primeiro set, um olhou para o outro e começou a rir. A partir dali o jogo fluiu.

 

Para Lorena, o Vôlei Futuro teve mais tranquilidade e conseguiu, ao longo da partida, tirar dos ombros a pressão que o próprio time tinha colocado. Embora espere por um jogo muito equilibrado na próxima sexta-feira, acredita que, se o grupo entrar em quadra com o mesmo espírito, poderá comemorar a ida para a final.

 

- Eles venceram o Sesi, o atual campeão, e a gente lá em Araçatuba. O campeonato está muito equilibrado, com equipes fortes e jogos muito estudados. Mas vôlei é em quadra e, quando se está confiante, vai fazer o que tem que fazer. Isso não muda do dia para a noite. Temos que entrar tranquilos e não colocar pressão na gente.

 

Assim como o oposto, Michael também concorda que a diferença poderá estar aí. Admite que foi muito difícil para o Vôlei Futuro sair atrás na semifinal. As cobranças não demoraram a aparecer.

 

- Ela veio de todos os lados. A gente se cobrou bastante após aquela derrota, a torcida também e isso favoreceu a vitória deste domingo. Estávamos em casa e fomos muito mal. Viemos para o jogo de vida ou morte, num Maracanãzinho lotado. Mas queríamos jogar com tranquilidade no saque e no passe, como fizemos durante o campeonato inteiro. Viemos com tudo e mostramos capacidade de reação, mesmo com toda pressão que tivemos aqui. Temos que jogar assim lá - afirmou.

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