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Ele
parecia não estar num bom dia. Até então, os temidos ataques e saques de Lorena
não chegavam a incomodar o Rio de Janeiro. O gatilho que faria o oposto do
Vôlei Futuro despertar no jogo 2 da semifinal da Superliga foi acionado no
segundo set. Exatamente no momento em que as duas equipes reclamavam com o juiz
a posse de um ponto. Irritado, Lorena falou poucas e boas na rede, desagradou
jogadores do outro lado dela e passou a ter mais de 11 mil vozes contra ele. A
pressão que poderia derrubá-lo virou combustível. Dali em diante, o time de
Araçatuba engatou a primeira e não olhou mais para trás. As informações são do GloboEsporte.com.
Lorena
respondia a cada vaia e xingamento com pontos. Provocava o Maracanãzinho e
arrancava sorrisos dos companheiros de equipe. Teve frieza nos momentos
decisivos dos sets, mesmo sob forte pressão. Não foi à toa que terminou o
confronto como o melhor em quadra e com 23 acertos na conta. Aliviado após a
vitória, achou graça ao lembrar que teve todo o Maracanãzinho pegando no seu
pé.
-
Eu adoro provocação, me dá mais vontade, fico com raiva e ataco mais forte.
Sempre foi assim e sempre vai ser assim até o final. Acho que fazem essa
pressão porque gostam de mim. Se não gostarem, também não tem problema -
diverte-se.
Em
sua primeira temporada no Brasil depois de um período na Itália, Lorena não
ficou satisfeito com sua atuação na partida anterior, na derrota em casa por 3
sets a 0.
-
A minha pressão caiu e isso nunca tinha acontecido. Passei mal no primeiro set
e voltei a jogar um pouco melhor no terceiro. Mas o time sente, precisa muito
do meu jeitão. Aqui no Rio eu sabia que tinha que jogar e fazer o que fiz na
Superliga inteira. Hoje nós nos divertimos jogando. Depois de perder o primeiro
set, um olhou para o outro e começou a rir. A partir dali o jogo fluiu.
Para
Lorena, o Vôlei Futuro teve mais tranquilidade e conseguiu, ao longo da
partida, tirar dos ombros a pressão que o próprio time tinha colocado. Embora
espere por um jogo muito equilibrado na próxima sexta-feira, acredita que, se o
grupo entrar em quadra com o mesmo espírito, poderá comemorar a ida para a
final.
-
Eles venceram o Sesi, o atual campeão, e a gente lá em Araçatuba. O campeonato
está muito equilibrado, com equipes fortes e jogos muito estudados. Mas vôlei é
em quadra e, quando se está confiante, vai fazer o que tem que fazer. Isso não
muda do dia para a noite. Temos que entrar tranquilos e não colocar pressão na
gente.
Assim
como o oposto, Michael também concorda que a diferença poderá estar aí. Admite
que foi muito difícil para o Vôlei Futuro sair atrás na semifinal. As cobranças
não demoraram a aparecer.
-
Ela veio de todos os lados. A gente se cobrou bastante após aquela derrota, a
torcida também e isso favoreceu a vitória deste domingo. Estávamos em casa e
fomos muito mal. Viemos para o jogo de vida ou morte, num Maracanãzinho lotado.
Mas queríamos jogar com tranquilidade no saque e no passe, como fizemos durante
o campeonato inteiro. Viemos com tudo e mostramos capacidade de reação, mesmo
com toda pressão que tivemos aqui. Temos que jogar assim lá - afirmou.
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