Mãe acusa médico de esquecer compressa dentro do corpo da filha após cirurgia em Taubaté

Mãe acusa médico de esquecer compressa dentro do corpo da filha após cirurgia em Taubaté

Estudante mineira teve compressa esquecida dentro do corpo após cirurgia em. Foto: reprodução
Estudante mineira teve compressa esquecida dentro do corpo após cirurgia em. Foto: reprodução

A assistente social Meire Regina Oliveira, 46, moradora da cidade de Itajubá (448 km de Belo Horizonte), acusa médico de ter esquecido uma compressa cirúrgica dentro do corpo da filha Ana Carolline dos Santos Oliveira, 18, durante cirurgia no quadril da garota, que caiu da garupa de uma motocicleta, no dia 12 de fevereiro deste ano, na cidade mineira. As informações são do UOL Notícias. 


Segundo ela, a filha teria ficado com o material dentro do corpo por mais de um mês. A cirurgia foi realizada no dia 17 de fevereiro no Hospital Universitário de Taubaté (149 km de São Paulo), após a jovem ter ficado quatro dias internada em hospital da cidade mineira, contou a mulher.


Conforme ela, a jovem precisou ser transferida para a unidade médica paulista por conta de não haver recurso médico para o caso da filha em Itajubá. De acordo com a assistente social, a filha teve alta no dia 9 de março e retornou para Minas Gerais. Ainda segundo ela, ao retornar para casa, a jovem começou a reclamar de dores intensas no local.


“Ela sentia muita dor e reclamava de uma sensação de ter tomado choques na perna, que ficava tremendo. Ela tomava banho chorando e gritando muito”, relembrou. Ela e a filha retornaram ao hospital, no dia 22, por conta de consulta de rotina, para avaliação da cirurgia, e relataram o quadro da jovem para o médico. Segundo ela, o especialista limitou-se a prescrever medicação contra dor no nervo ciático.


“Ele nem sequer retirou o curativo da cirurgia. Se ele tivesse feito isso, iria ver que o local estava muito inflamado, não cicatrizava e estava com uma secreção grossa e escura”, disse. Conforme a mãe, a desconfiança de que havia uma compressa no corpo da filha foi manifestada por uma irmã dela, que era a responsável pela limpeza do local e troca do curativo.


Parentes a levaram a um hospital particular da cidade mineira, no dia 25 deste mês, onde o material foi retirado, de acordo com relato da mulher. “O médico começou a puxar o material com uma pinça. Eu fiquei horrorizada porque achei que seria uma pequena gaze esquecida dentro do corte da cirurgia, mas ele retirou uma compressa de 30 centímetros.”


A assistente social disse que lacrou o material em um saco plástico e o encaminhou à Delegacia de Polícia Civil da cidade. “Eu estou muito preocupada com possíveis sequelas na minha filha, porque ela precisa de acompanhamento médico, e eu não tenho mais coragem de voltar lá em Taubaté. Eu peço a quem conhecer um especialista que me indique esse profissional, por favor.” Ela afirmou que pretende processar o hospital e o médico Nelson Franco Filho, chefe do setor de ortopedia do Hospital Universitário de Taubaté.


Sindicância

A diretora técnica do hospital, Maria Auxiliadora Prolongati disse que uma sindicância foi instaurada para apurar o caso. No entanto, ela afirmou ter estranhado a denúncia. “Eu olhei o prontuário dessa paciente e conversei com o chefe da equipe. Tecnicamente, é difícil que numa cirurgia superficial tenham esquecido uma compressa”, afirmou.


Segundo a médica, foram feitas duas incisões (corte) na paciente. Uma na região pubiana, e a outra, na qual teria sido deixado o material, na região posterior do corpo dela (próximo aos glúteos).


“A gente não está negando que possa ter acontecido isso. Alegam que foi na parte de trás que foi esquecida a compressa. Mas foi uma cirurgia de superfície. Não foi uma cirurgia que entra em cavidade”, disse a diretora. De acordo com ela, a sindicância tem prazo de 30 dias. O caso será acompanhado ainda pelo comitê de ética do hospital.


“Vão ser ouvidos os médicos envolvidos e pessoas que acompanharam o caso. Em razão de qualquer dúvida, o caso é encaminhado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) para avaliação”, informou a diretora.

Leia mais notícias em andravirtual

Curta nossa página no Facebook

Siga no Instagram

Últimos Destaques

Publicidade

Para otimizar sua experiência durante a navegação, fazemos uso de cookies. Ao continuar no site, consideramos que você está de acordo com nossa Política de Privacidade

close