Andradinenses apóiam "blackout"

Começou uma espécie de guerra: de um lado as empre

Página inicial da versão americana da Wikipedia exibe protesto contra projeto de lei antipirataria. Foto: reprodução
Página inicial da versão americana da Wikipedia exibe protesto contra projeto de lei antipirataria. Foto: reprodução

Alguns andradinenses do Facebook mostraram apoio ao “blackout” na internet iniciado nesta quinta-feira após o FBI, polícia federal dos Estados Unidos, restringir o acesso ao site de compartilhamento Megaupload, que saiu do ar.


A Wikipedia em inglês ficou fora do ar por vontade própria. A Wikipedia é a maior e mais lida enciclopédia online do mundo. Está entre as 10 maiores audiências da internet dos EUA. Endereço preferencial de nove em cada dez estudantes ao fazer pesquisa para a lição de casa.


Além da Wikipedia, outros sites como o Google também protestam e aderem publicamente de forma mais ”light” ao chamado “blackout” na internet, embora estejam investindo fortunas com advogados e lobistas e não tenham abdicado de continuar a faturar durante o “blackout”.

 

O protesto se dá contra dois projetos de lei que tramitam um na Câmara e outro no Senado nos EUA, que deveriam ser votados na semana que vem, quando o Congresso voltar do recesso.

 

Os projetos são conhecidos como Pipa (Protect Intellectual Property Act) e Sopa (Stop Online Piracy Act). Ambos visam combater a pirataria online, isto é, o uso não autorizado de conteúdo protegido por copyright.

 

O principal alvo são os sites de pirataria estrangeiros, que estão fora do alcance da jurisdição americana. Mas a estratégia para combater a pirataria é dar aos juízes poder de mandar tirar sites inteiros do ar e impedir empresas financeiras e de publicidade de continuar a fazer transações comerciais com esses sites caso algum conteúdo não autorizado seja encontrado ali.

 

Isto valeria para qualquer publicação que qualquer pessoa faça em qualquer site. Ou seja, se uma só pessoa postar algo não autorizado no YouTube, por exemplo, um juiz poderia decidir tirar todo o YouTube do ar imediatamente. Simples assim.

 

De um lado dessa guerra de titãs estão as empresas de internet, e do outro lado estão as empresas de entretenimento e de mídia, como os estúdios de Hollywood, as gravadoras e os conglomerados como a News Corporation de Rupert Murdoch, dona do “Wall Street Journal”. A velha mídia tem um lobby poderoso junto ao Congresso, enquanto a nova mídia é neófita em política, mas sabe mobilizar o público online como ninguém.

 

Para complicar, o público na internet já está bastante acostumado a ter acesso grátis a produtos pelos quais antes geralmente pagava, como discos, filmes e jornais. Isto faz com que o lado pró Pipa, Sopa e projetos de lei semelhantes pareçam antipáticos ou mesmo terríveis aos olhos dos internautas em geral.


A indústria da internet conseguiu transformar o que poderia ser uma mera disputa comercial em algo como um embate pela liberdade de expressão. Ponto para ela.

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