Mulher confessa ter inventado roubo e estupro

Técnica de enfermagem de 27 anos mentiu que teria

A Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) de Araçatuba informou nesta quarta-feira que o caso da técnica de enfermagem de 27 anos que teria sido roubada, estuprada e incendiada por um mototaxista na noite de segunda-feira foi uma invenção da suposta vítima. "Ela caiu em contradição e, depois de ouvirmos depoimentos delas em duas ocasiões, conseguimos fazer com que ela confessasse a verdade", disse a delegada Luciana Frascino Pistori, que investiga o caso. As informações são do Portal Terra.


Segundo Luciana, a técnica de enfermagem afirmou que decidiu inventar as agressões por motivos familiares. "Mas ela pediu para não divulgarmos que motivos são esses."


A mulher, que mora na cidade vizinha de Guararapes, disse à polícia que estava em Araçatuba para um acerto trabalhista na empresa em que era empregada e havia solicitado um mototáxi para chegar à rodoviária, de onde retornaria a Guararapes. Na versão dela, o suposto matotaxista mudou o percurso e parou num terreno escuro, onde a estuprou e roubou os R$ 4,6 mil do acerto. Antes de ir embora, o mototaxista ainda teria ateado fogo nas roupas da vítima e atirado sobre ela, que ainda estava deitada no chão.


De acordo com a delegada, a mulher na verdade foi a Araçatuba receber o dinheiro de uma indenização por um acidente que sofreu ao ficar presa na porta de um ônibus suburbano. "Depois disso, ela realmente pegou um mototaxi para ir até o lugar onde foi encontrada pelo guarda municipal, mas ela não foi estuprada, nem roubada e foi ela mesma quem colocou fogo na própria roupa", disse Luciana.


Na noite de segunda-feira, o guarda municipal Valdir da Silva, que vigia o prédio do Centro Municipal de Zoonoses, ouviu gritos de socorro e quando saiu, viu a mulher deitada, nua e com uma tocha de fogo feita com as suas roupas entre as pernas. O vigia chamou a polícia e levou a técnica de enfermagem ao Pronto-Socorro.


No entanto, ao prestar depoimentos na Delegacia da Mulher no dia seguinte, ela não convenceu a delegada. Chamada de volta nesta quarta-feira para novo depoimento, a suposta vítima caiu em contradição e acabou confessando a mentira. Agora, a técnica deverá responder por comunicação falsa de crime.

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