Ilha Solteira: leilão público do setor elétrico pode derrubar preço da energia

Ilha Solteira: leilão público do setor elétrico pode derrubar preço da energia

Hidrelétrica de Ilha Solteira, no rio Paraná: usina está entre as concessões com vencimento para 2015. Foto: Divulgação

 

O governo federal promete decidir até dezembro o que fazer com as 112 concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica que vencem em 2015.
Esse pacote de concessões envolve 28% da capacidade de geração do país, 73 mil quilômetros de linhas de transmissão (82% da malha atual) e 40% da distribuição de energia no território nacional, ou 37 concessionárias de distribuição de eletricidade.
As mesmas que põem todo mês uma conta de luz em nossas casas. Com informações do Jornal Folha de São Paulo.


É quase meio país, embora em termos empresariais envolva apenas cinco companhias: Eletrobras, Cemig, Cesp, Copel e CTEEP. Juntas, controlam cerca de 96% de tudo o que terá de ser renovado ou relicitado.


Parece consenso no governo e fora dele que a decisão terá de ser usada para frear, e quem sabe reduzir, a conta de luz no país, apontada como uma das mais caras do mundo. A questão é saber como isso será feito. Até agora, a tese da renovação das concessões (ou deixar nas mãos de quem já as administra) parecia a predominante.
Mas a campanha “Energia a preço justo”, lançada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), deu impulso a uma outra opção: leilões públicos de todos os ativos.

 

A renovação implica nova lei, porque a atual legislação exige que se faça licitação. A dúvida, no momento, é se essa “nova lei” não tenha de ser uma emenda constitucional. Coisa que exigiria dois terços do Congresso Nacional.
Embora energia elétrica seja insumo industrial básico, por enquanto só a Fiesp encampou a briga.


Diz, baseando-se em estudos, que o leilão público desses ativos é a melhor forma para o país encontrar o real valor dos serviços públicos de energia (geração, transmissão e distribuição).


A entidade sustenta ainda que esses leilões deverão derrubar o valor médio da energia de R$ 90 para cerca de R$ 20 o MWh (megawatt-hora) e isso se refletirá na tarifa aos consumidores.


A tese é que são todas concessões já pagas e que, portanto, a base dos ativos não precisará ser remunerada em novo período de concessão.
Pela lógica, sim. Mas especialistas asseguram que o setor elétrico não é tão lógico assim.


AÇÃO
A Fiesp provocou o TCU (Tribunal de Contas da União) a exigir da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) detalhes das providências para a execução dos leilões, como prazos e regras do edital.

Leia mais notícias em andravirtual

Curta nossa página no Facebook

Siga no Instagram

Últimos Destaques

Publicidade

Para otimizar sua experiência durante a navegação, fazemos uso de cookies. Ao continuar no site, consideramos que você está de acordo com nossa Política de Privacidade

close