O
Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,2% entre julho e agosto, ao
passar de 105 pontos para 102,7 pontos, já considerando os ajustes sazonais,
segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). Registrando sua oitava
queda consecutiva, o indicador atingiu neste mês o menor nível desde agosto de
2009, quando marcou 100,2 pontos.
"A
queda do ICI em agosto foi influenciada principalmente pela diminuição da
satisfação com o momento atual", destaca a FGV em relatório. O Índice da
Situação Atual (ISA), um dos componentes do ICI, caiu 3,6%, ao recuar de 107,4
pontos em julho para 103,5 pontos neste mês.
O
Índice de Expectativas (IE), por sua vez, baixou 0,7%, de 102,6 pontos para
101,9 pontos no mesmo período, chegando ao patamar mais baixo desde agosto de
2009, quando ficou em 99,1 pontos.
Dentre
os componentes do ISA, destaca-se o indicador que mede os estoques da
indústria. A parcela das empresas que considera o nível de estoques atual como
excessivo avançou entre julho e agosto de 6,6% para 9,5%, o maior percentual
desde julho de 2009, quando essa fatia era de 10,6%. Ao mesmo tempo, a
proporção de empresas que o avaliam como insuficiente diminuiu de 2,2% para
1,5%, a menor desde fevereiro de 2009 (0,4%).
As
perspectivas para o emprego na indústria também pioraram. Das 1184 empresas
consultadas, 22,6% preveem aumentar seu quadro de funcionários nos próximos
três meses - o menor percentual desde julho de 2009 -, enquanto 11,9% dizem que
deverão reduzir suas vagas. Em julho, estes percentuais haviam sido de 23,7% e
9,9%, respectivamente.
O
Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) baixou de 84,1% para 83,6%,
o menor patamar desde novembro de 2009, quando ficou em 82,9%.