Produzir no Brasil está cada vez mais caro, afirma Fiesp

Produzir no Brasil está cada vez mais caro, afirma Fiesp

Conselheiro da Federação diz que, com o discurso oficial de tentar reduzir o Custo Brasil, novos custos estão sendo criados.


O presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Rubens Barbosa, afirmou nesta quinta, dia 18, que o país não está reduzindo o chamado custo Brasil. Ao contrário, disse, produzir no país está cada vez mais caro.

– O Brasil está se tornando caro e os empresários locais e de fora enfrentam esse encarecimento da produção. Apesar do discurso oficial de tentar reduzir o Custo Brasil, novos custos estão sendo criados – disse Barbosa durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio.


Ele citou como exemplo a nova legislação para seguro e resseguro. Segundo Barbosa, a nova lei vai encarecer os custos para empresa em grandes obras. Ele mencionou também as discussões sobre o aviso prévio.


Sobre o plano Brasil Maior, lançado recentemente, Barbosa disse que as medidas são corretas, mas ressalvou que é apenas o primeiro passo e que é preciso esperar a sua implementação para avaliar os resultados. Ele afirmou ainda que a Fiesp está fazendo um esforço para ampliar o número de setores beneficiados pela desoneração da folha salarial. Inicialmente, apenas as indústrias de confecções, móveis, calçados e softwares foram incluídas.


Barbosa externou preocupação com o tempo necessário para que a desoneração entre em vigor.

– As reduções dos impostos sobre manufaturas são importantes, mas necessitam de regulamentação e não vai ser simples, conhecendo a burocracia brasileira – disse.


Protecionismo

O presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp cobrou uma atuação mais firme do governo no combate a práticas desleais e protecionistas de outros países nas relações comerciais com o Brasil.


Ele pediu a ampliação de salvaguardas provisórias contra a China e reações a "medidas protecionistas" adotadas pelo governo argentino. Também cobrou a atuação do governo para buscar coibir a triangulação de produtos asiáticos por meio de países do Mercosul.

– Não há reação mais forte do governo brasileiro – disse.

Barbosa ressaltou ainda que o Brasil precisa encarar a necessidade da realização de reformas.

– Todos sabemos que, para a melhoria da competitividade devemos aprovar reformas que estão há mais de dez anos no Congresso. Muitos poderão dizer que é ingenuidade, mas é o que é preciso – disse, mencionando as reformas tributária, trabalhista, da previdência e política.

 

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