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Está na
hora de chamar o seu cartão de crédito para discutir a relação.
Entram em vigor nesta quarta-feira (01), diversas mudanças nas normas de uso dessa ferramenta que
podem significar mais tranqüilidade e melhores compras se o consumidor souber
aproveitá-las.
Os
especialistas ensinam como extrair os benefícios de cada regra:
1 – Passam a existir dois tipos
de dinheiro de plástico: básico e diferenciado
O
mais simples pode ser nacional ou internacional, realiza todas as operações de
compras e pagamentos de contas, mas deve ter a menor anuidade entre os cartões
emitidos por determinada instituição.
O
avançado oferece mimos adicionais, como seguros, prêmios e participação em
programas de milhagem.
Deve-se
analisar, individualmente, se esses privilégios são de fato úteis ou atrapalham
em vez de ajudar. Por exemplo, a proteção para viagens oferecida pelos
plásticos nem sempre é ampla o suficiente e adequada a todos os passeios da
família. E uma grande parcela dos clientes simplesmente não acompanha e não
converte a sua pontuação do plano de fidelidade, porém está pagando por esses
penduricalhos.
Nesses
casos, o cartão despojado é a opção indicada para o consumidor, que gasta menos
para tê-lo, não sente culpa por estar perdendo algum mimo e somente vai
contratar os serviços extras necessários a cada momento.
Outra
ideia é, para quem tem mais de um cartão, trocar todos menos um pelo básico, fazendo
uma pesquisa de atrativos e taxas para selecionar o diferenciado que vai
permanecer na carteira.
2 – Apenas cinco tarifas
poderão ser cobradas: anuidade; para emissão de segunda via do cartão; para
saques em dinheiro; no uso do plástico para o pagamento de contas; quando do
pedido de avaliação emergencial do limite de crédito
Essa
limitação vale para os cartões emitidos a partir de 1º. de junho de 2011. Os
antigos somente serão contemplados a partir de junho de 2012.
Mesmo
assim, aí está uma ótima oportunidade para diminuir já as taxas desembolsadas.
Como o número de encargos é pequeno, ficou muito fácil levantar, entre as
instituições financeiras, a que cobra menos. As informações serão publicadas
nas páginas dos emissores na internet e afixadas nas agências de atendimento.
Ameaçando trocar o seu cartão atual por outro mais barato, certamente o gerente
do seu banco vai lhe oferecer as mesmas condições. Senão, basta cancelar os
velhos e mudar.
3 – Devem constar da fatura os
seguintes dados: limite de crédito total e
limites individuais para cada tipo de operação disponível; gastos realizados
com o cartão, por evento, inclusive parcelamentos; identificação das
operações de crédito contratadas e respectivos valores; montantes relativos aos
encargos cobrados, informados de forma separada de acordo com os tipos de
operações realizadas com o cartão; valor dos encargos a serem cobrados no mês
seguinte, no caso de o cliente optar pelo pagamento mínimo da fatura; custo
efetivo total (CET), para o próximo período, das operações de crédito
existentes
Novamente,
torna-se mais prática a comparação entre os cartões de diferentes bancos.
“A
transparência no relacionamento entre operadoras e clientes é um ganho notável
da reforma”, diz Ricardo Pereira, consultor do programa Consumidor Consciente,
da MasterCard. “Como estamos em uma época de aprendizado financeiro no país,
esta é uma ótima chance de o brasileiro entender melhor as alternativas de
crédito para lançar mão das que mais apropriadamente lhe servem. Um chamado à
reflexão.”
4 – O montante mínimo exigido
para pagamento da fatura, até ontem de 10%, vira 15%. Em 1º. de dezembro de
2011, 20%
O
objetivo do Banco Central ao estabelecer essa providência é limitar o
superendividamento. No entanto, a elevação é pequena demais para produzir tal
efeito.
Como
os juros cobrados na rolagem da dívida no cartão de crédito são os mais altos
entre todas as modalidades de financiamento, superando 10% ao mês, sempre é mau
negócio postergar o pagamento.
“A
fim de se organizar, o consumidor precisa estabelecer como seu ‘mínimo’
particular o máximo que consegue quitar por mês, descontando do orçamento as
suas despesas rotineiras com moradia, alimentação, transporte etc”, sugere o
planejador Bruno Amaral Azevedo, sócio-fundador da consultoria Foco Financeiro.
Então, se o limite oficial do plástico é de R$ 3 mil e a família só tem
condições de pagar R$ 1 mil, este é o limite a ser considerado para compras,
também as parceladas. Quem não se controla pode até solicitar ao banco que
diminua as margens definitivamente.
“O
ideal, para não extrapolar, é anotar cada passada e conferir, ao menos
semanalmente, pela internet ou pelo telefone, os lançamentos”, acrescenta
Azevedo.
5 – As instituições estão
proibidas de enviar cartões ao cliente sem solicitação
O
resultado geral das medidas é mais poder nas mãos do consumidor para escolher
efetivamente os plásticos que lhe parecem interessantes –e não ser escolhido.
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