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Até os dois anos de idade, ou até que tenham alcançado altura e
peso máximos determinados pelo fabricante do dispositivo de segurança, é mais
seguro levar as crianças dentro de um veículo com o uso de um assento infantil
posicionado no sentido contrário à marcha do carro, também conhecido como
bebê-conforto. Estas são as novas recomendações de um grupo de pediatras
americanos. Com informações do
Portal IG.
A mudança é bastante significativa em
relação às recomendações norte-americanas anteriores, que determinavam o uso de
dispositivos do tipo – posicionados de modo que a criança olhasse para a
traseira do veículo – até um ano de vida ou 10 quilos (as recomendações
nacionais sugerem o uso até um ano de vida ou 13 quilos. Este tipo de assento
oferece melhor apoio para a cabeça, pescoço e coluna na ocorrência de uma
batida, disse Dennis Durbin, pediatra do Children’s Hospital of Philadelphia e
autor do estudo.
As novas normas, desenvolvidas pela
Academia Americana de Pediatria, foram publicadas na edição de abril do
periódico “Pediatrics”.
Na opinião de Benjamim Hoffman,
professor de pediatria da Universidade do Novo México e técnico certificado de
segurança do passageiro, manter as crianças nas cadeirinhas voltadas para trás
até um ano de vida é muito pouco. “Existe uma idéia errônea de que é
recomendado substituir o assento voltado para a traseira do veículo por um
voltado para a dianteira quando a criança completa um ano de vida. Mas se os
pais querem proteger seus filhos da principal causa de morte de crianças, eles
certamente vão preferir postergar essa mudança por mais tempo”, disse Hoffman,
que não participou do estudo.
Segundo o relatório norte-americano,
a maioria dos assentos infantis posicionados no sentido contrário da marcha do
carro pode acomodar as crianças de acordo com as novas recomendações.
De acordo com dados do relatório, o
número de mortes de menores de 16 anos no trânsito caiu 45% nos Estados Unidos
entre 1997 e 2009. Ainda assim, os acidentes de veículos são a principal causa
de mortes de crianças a partir dos 4 anos de idade. A cada ano, mais de 1.500
menores de 16 anos morrem em acidentes de automóveis. Para cada morte, cerca de
18 crianças são hospitalizadas e 400 sofrem ferimentos graves, que requerem
cuidados médicos.
Um
estudo de 2007 do periódico médico “Injury Prevention” revelou que a
probabilidade de crianças menores de dois anos morrerem ou sofrerem ferimentos
graves em um acidente é 7% menor se elas estão posicionadas em um assento
voltado para a traseira do veículo.
Na opinião de Durbin, mesmo os dois anos não deveriam ser uma idade limite. Se
seus filhos são pequenos para a idade, pode ser melhor mantê-los nas
cadeirinhas por mais tempo. Já as crianças maiores e mais altas devem abandonar
este tipo de assento antes dos dois anos. De acordo com as recomendações, o
assento voltado para a traseira do automóvel oferece mais proteção do que o
assento elevatório simples (booster seat).
Cadeirinha por mais tempo
De acordo com as novas normas, as
crianças devem ser mantidas na cadeirinha por tanto tempo quanto for possível –
mesmo até os oito anos, se tiverem altura e peso abaixo do limite permitido
para o dispositivo de segurança. Estudos mostram que as cadeirinhas reduzem em
até 82% o risco de ferimentos graves e em até 28% o risco de morte, em
comparação ao uso somente do cinto de segurança.
“O assento infantil para carros tem
mais estrutura – principalmente nas laterais – do que a maioria dos assentos
elevatórios. Esta estrutura extra pode oferecer mais proteção, principalmente
contra os impactos na lateral do veículo. Além disso, a maioria dos assentos
infantis atualmente conta com um sistema de cintos de cinco pontos, que
funciona melhor do que o de três pontos para proteger a criança caso ocorra uma
batida”, explicou Durbin.
Os pais também são aconselhados a
manter as crianças mais velhas em um assento elevatório, que posiciona o cinto
de segurança de forma adequada, até atingirem a altura de 1,5m e idade de 8 a
12 anos. Segundo Hoffman, em média, as crianças atingem esta estatura por volta
dos 10 anos de idade.
Pesquisas anteriores mostram que os
assentos elevatórios podem reduzir em 45% o risco de ferimentos em crianças de
4 a 8 anos, em comparação ao uso somente de cinto de segurança.
“Garanta
a melhor segurança de seu filho no carro postergando ao máximo as transições
entre os tipos de assentos infantis recomendados. Com cada transição você abre
mão de parte da segurança, aumentando a probabilidade de que seu filho se
machuque em uma batida”, disse Durbin.
Os pediatras também recomendam não usar os assentos infantis fora do veículo,
como é de costume, pois eles podem virar e cair facilmente de mesas, balcões e
de outras superfícies. Mais de 8.000 crianças são feridas a cada ano quando as
cadeirinhas são usadas de forma inapropriada, adverte um relatório suplementar.
“Ao seguir estas normas, os pais
estarão com a consciência tranquila de que estão fazendo o melhor para seus
filhos em termos de proteção na ocasião de uma batida”, disse Durbin. Segundo
Hoffman, o assento voltado para o sentido contrário da marcha do carro é
adequado para criança de até 20 quilos, mesmo que o mercado norte-americano
disponha de mais de 40 modelos capazes de acomodar crianças de até 42 quilos.
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