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Foto: Divulgação
As lâmpadas são projetadas para durar milhares de
horas quando elas poderiam fazer o mesmo por mais de cem anos, e um chip limita
a vida útil de impressoras. É o que mostra o documentário "Comprar, Puxar,
Comprar", denunciando aobsolescência por empresas para
incentivar o consumo.
"Essa prática se tornou a base da
economia moderna, apesar das terríveis conseqüências ambientais de um sistema
que gera toneladas de lixo desnecessário", disse a diretora do filme,
Cosima Dannoritzer, durante a apresentação do documentário, que será exibido esta semana em emissoras espanholas.
O documentário, que também será exibido em
breve em outros países europeus, mostra que o ciclo produção-consumo de
resíduos está crescendo mais rápido, mas não é novo. A obsolescência
planejada nasceu nos anos 20, quando as empresas de produção de bulbos de
lâmpadas concordaram em limitar a vida deles a um máximo de mil horas. Antes desse acordo, as lâmpadas duravam muito mais tempo, como
evidenciado pela lâmpada que permanece acesa por mais de cem anos em uma estação
de bombeiros nos Estados Unidos.
Exemplos ocorrem até hoje, onde os casos
mais claros são encontrados em produtos eletrônicos, como impressoras e iPods.
O caso do iPod foi levado a tribunal por um advogado de San Francisco
(EUA), que afirmou que a Apple tinha obsolescência planejada aplicada às
baterias, com a intenção de que o iPod vai durar pouco e que o consumidor é
forçado a comprar outro após um ano.
"O documentário não vai contra nenhuma
empresa em particular, porque a obsolescência é generalizada", diz o
produtor executivo do filme, Joan Ubeda, que esclareceu que "o problema
está na filosofia do sistema que atua de forma claramente insustentável, obrigando os engenheiros a criarem
produtos de vida curta, quando poderiam ser muito melhores". "Não é só colocar a questão sobre a mesa, mas também
mostrar que algumas saídas ou soluções já estão sendo discutidas",
acrescentou Cosima Dannoritzer.
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