Diminuir
a quantidade de sal consumida diariamente pode reduzir em até 20% os casos de
doenças cardíacas. Segundo um estudo feito por pesquisadores britânicos e
publicado no periódico Heart, a criação de uma lei que obrigasse as empresas
alimentícias a reduzir a porcentagem de sal em produtos congelados, cereais,
salgadinhos e em sanduíches, seria 20 vezes mais eficaz do que sugestões
nutricionais.
Um
dos maiores problemas alimentares apontados é comum na maioria dos países
ocidentais. Produtos como pizzas e lanches, têm, em uma única porção, muito
mais sal do que os 6g recomendados para o consumo diário. Na Austrália, onde
cientistas vêm forçando empresas a diminuir a quantia de sal nos alimentos, o
número de mortes por doenças cardíacas caiu 18%. Entre as restrições impostas,
está a proibição de quantias superiores a 3g em comidas congeladas e maiores de
0,3g em salgadinhos e sanduíches.
“As
empresas alimentícias precisam gerar dinheiro para seus acionistas, mas elas
têm também responsabilidades para com a sociedade. Se essa responsabilidade é
falha, então há justificativas éticas para que o governo interfira”, diz Linda
Cobiac, pesquisadora da University of Queensland e coordenadora do estudo.
Fisiologia - O sal, quando consumido em excesso, pode causar o aumento da pressão arterial, que pode prejudicar os vasos, o coração, os rins e até mesmo o cérebro. Cobertos internamente por uma camada fina, os vasos podem se machucar quando o sangue circula com pressão elevada. Assim, eles endurecem e ficam mais estreitos, o que pode resultar em um futuro entupimento ou rompimento. Se esse vaso prejudicado está localizado no coração, por exemplo, a probabilidade de ocorrer um infarto aumenta. Caso ele esteja no cérebro, o paciente pode sofrer um derrame cerebral. Nos rins, podem ocorrer alterações na filtração e até mesmo a paralisação dos órgãos.