Para quem esperava ânimos exaltados e trocas de acusações no
último debate entre os presidenciáveis, promovido na noite de quinta-feira (30)
pela Rede Globo, o clima morno decepcionou. Dilma Rousseff (PT) teve três chances
de direcionar perguntas para José Serra (PSDB), mas não o fez. O tucano, na
oportunidade de questionar a petista, optou por Marina Silva (PV). Com informações do Portal Pop.
Os temas também foram
amenos. No primeiro e no terceiro bloco, eles foram sorteados, mas no segundo e
no quarto, quando eram livres, não giraram em torno de escândalos, por exemplo,
mas de ferrovias e hidrovias, desastres naturais, metrô, jornada de trabalho e
programas sociais, dentre outros. Os momentos mais apimentados ficaram por
conta de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), que disse, já no primeiro bloco, que
não acredita que a candidata do presidente Lula será eleita.
Ele questionou Dilma sobre a ausência de informações nos sites das campanhas
sobre a origem do dinheiro arrecadado. A petista, ao afirmar que todas as
doações são registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gaguejou, o que
causou risos na plateia. Ela devolveu: “E gostaria de deixar claro que todas as
doações são oficiais. Lamento os risos de quem tem outras práticas. A minha não
é essa".
Em outro momento, Plínio
perguntou a Dilma, mas disse que o questionamento se estendia aos outros
adversários, se ela tinha vergonha do PT, por supostamente escondê-lo. “Vocês
nunca falam dos seus partidos. Nunca pedem votos pros seus deputados”, acusou.
Marina, que subiu o tom
das críticas nesta semana e está se posicionando como a melhor opção para
enfrentar Dilma em um eventual segundo turno, foi um pouco além de Serra e da
petista, que se prenderam em dados relativos, respectivamente, ao governo de São
Paulo e à gestão Lula, mas não gerou nenhuma grande polêmica. No final do
debate, cada candidato teve dois minutos para considerações finais, também sem
surpresas.
