Para driblar o sol forte, cada um se protege como pode. A gari Tereza Lourenço não sai de casa sem um acessório que se tornou indispensável: o boné. Isso porque ela enfrenta altas temperaturas todos os dias.
Em um local coberto, o calor também pode ser insuportável mesmo no inverno. Em Araçatuba, os termômetros chegam facilmente a marca dos trinta graus. Numa padaria da cidade, a temperatura do forno somada ao do ambiente incomoda quem trabalha na cozinha.
Pesquisadores da universidade estadual paulista analisaram dados de 19 cidades do interior de São Paulo constataram um aumento na temperaturas nos últimos 50 anos.
O estudo começou há dois anos. Dados registrados desde a década de 60 estão sendo analisados. E o resultado é preocupante: as temperaturas máximas estão mais elevadas. Um aumento que varia de meio a um grau. Já as mínimas subiram, em média, dois graus.
Os dados de oito cidades do estado já foram contados. Na região, as temperaturas subiram em Araçatuba, Catanduva e Votuporanga. E os mais atingidos pelo calor são os idosos e as crianças. Rachel Pereira Quaresma é pediatra e mãe da Valentina, de um ano e meio e de Tales, de 5 anos. Quando o calor aumenta, ela toma algumas medidas para evitar a desidratação.
Em Araçatuba, segundo os especialistas, o calor é maior porque a cidade não é arborizada. O município tem um déficit de 70 mil árvores. Uma situação que precisa ser revertida para que as temperaturas não subam ainda mais.