Fabricante do Avandia sabia que remédio faz mal
Fabricante do Avandia sabia que remédio faz mal

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Em 1999, a SmithKline Beecham, gigante da indústria farmacêutica, iniciou secretamente um estudo para descobrir se o Avandia, remédio contra a diabetes fabricado pela empresa, era mais seguro ao coração do que o rival, Actos, da Takeda.
O sucesso do Avandia era crucial para a SmithKline que não possuía fármacos novos para venda. Mas os resultados do estudo, publicados ao fim do mesmo ano, foram desastrosos. Descobriu-se que o Avandia não era melhor que o Actos e que haviam sinais claros de que o fármaco apresentava mais riscos ao coração.
Ao invés de publicar os resultados, a empresa passou os 11 anos seguintes tentando escondê-los, de acordo com documentos obtidos pelo jornal The New York Times. A SmithKline não publicou os resultados em seu website nem os encaminhou para a agência de regulação federal americana, procedimentos requeridos por lei.
De acordo com diálogos publicados pelo jornal novaiorquino, a então SmithKline, que depois tornou-se GlaxoSmithKline (GSK), determinou que os resultados do exame não deveriam ser vistos por ninguém fora da cúpula administrativa.
Os riscos ao coração apresentados pelo Avandia tornaram-se públicos pela primeira vez em 2007, com um estudo de um cardiologista americano. Ele usou dados que a empresa foi forçada a publicar na internet. Nos meses seguintes, representantes da GSK admitiram que sabiam, desde 2005, do risco potencial que a droga apresentava ao coração.
Os documentos aos quais o The New York Times teve acesso, no entanto, mostram que a empresa sabia dos problemas que o Avandia poderia causar ao coração desde que o medicamento foi lançado em 1999 e que fez tudo para esconder os resultados da sociedade. Em um dos documentos, a GSK procurava quantificar o prejuízo nas vendas caso os riscos cardiovasculares do Avandia se intensificassem. O custo: 600 milhões de dólares apenas entre 2002 e 2004, de acordo com o documento.
Mary Anne Rhyne, portavoz da GSK, disse ao The New York Times que a empresa não divulgou os resultados do estudo porque eles não contribuíam com nenhuma informação nova significativa. As autoridades americanas ainda não chegaram a um consenso sobre retirar o fármaco do mercado. Alguns representantes defendem que a droga é útil mesmo com os riscos e outros insistem que ela deve ser retirada de circulação.
Um grupo de especialistas se reunirá hoje e amanhã para decidir se o Avandia deve continuar à venda e se seria ético compará-lo ao Actos.
O sucesso do Avandia era crucial para a SmithKline que não possuía fármacos novos para venda. Mas os resultados do estudo, publicados ao fim do mesmo ano, foram desastrosos. Descobriu-se que o Avandia não era melhor que o Actos e que haviam sinais claros de que o fármaco apresentava mais riscos ao coração.
Ao invés de publicar os resultados, a empresa passou os 11 anos seguintes tentando escondê-los, de acordo com documentos obtidos pelo jornal The New York Times. A SmithKline não publicou os resultados em seu website nem os encaminhou para a agência de regulação federal americana, procedimentos requeridos por lei.
De acordo com diálogos publicados pelo jornal novaiorquino, a então SmithKline, que depois tornou-se GlaxoSmithKline (GSK), determinou que os resultados do exame não deveriam ser vistos por ninguém fora da cúpula administrativa.
Os riscos ao coração apresentados pelo Avandia tornaram-se públicos pela primeira vez em 2007, com um estudo de um cardiologista americano. Ele usou dados que a empresa foi forçada a publicar na internet. Nos meses seguintes, representantes da GSK admitiram que sabiam, desde 2005, do risco potencial que a droga apresentava ao coração.
Os documentos aos quais o The New York Times teve acesso, no entanto, mostram que a empresa sabia dos problemas que o Avandia poderia causar ao coração desde que o medicamento foi lançado em 1999 e que fez tudo para esconder os resultados da sociedade. Em um dos documentos, a GSK procurava quantificar o prejuízo nas vendas caso os riscos cardiovasculares do Avandia se intensificassem. O custo: 600 milhões de dólares apenas entre 2002 e 2004, de acordo com o documento.
Mary Anne Rhyne, portavoz da GSK, disse ao The New York Times que a empresa não divulgou os resultados do estudo porque eles não contribuíam com nenhuma informação nova significativa. As autoridades americanas ainda não chegaram a um consenso sobre retirar o fármaco do mercado. Alguns representantes defendem que a droga é útil mesmo com os riscos e outros insistem que ela deve ser retirada de circulação.
Um grupo de especialistas se reunirá hoje e amanhã para decidir se o Avandia deve continuar à venda e se seria ético compará-lo ao Actos.