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Indaiatuba, por exemplo, é cortada pela rodovia Santos Dumont (SP-75) e tem praças de pedágio nos dois acessos. Os comerciantes da região criam promoções para atrair os clientes afastados pelos pedágios. Na entrada de um pesqueiro da cidade, uma placa traz a promoção: acima de três pessoas, o valor da tarifa é reembolsado. Fora isso, quem gasta R$ 30 ganha um vale-pedágio; quem gasta mais de R$ 50, ganha dois vales.
Mas não são só os pequenos que são prejudicados. Uma unidade de uma grande rede hoteleira também precisou diminuir o valor da diária para compensar a despesa que os clientes têm nas rodovias.
Estaduais paulistas x Federais
Os pedágios de São Paulo chegam a custar dez vezes mais que e os das rodovias federais. Na rodovia Anchieta, o custo por quilômetro para o usuário é de R$ 0,159. Já na Fernão Dias, rodovia federal, o preço é de apenas R$ 0,0157.
Em São Paulo, 25% da malha está sob concessão. No início, entretanto, as rodovias foram construídas com recursos públicos, oriundos de impostos. Assim, o paulista paga duas vezes: uma para construir, outra para usar a rodovia.
O valor aplicado na cobrança do serviço criou um movimento contra os pedágios abusivos. O coordenador desse movimento defende que a cobrança seja feita apenas pela quilometragem utilizada e não por todo o trecho da rodovia.
Em um viagem de São Paulo para Santos, no litoral, por exemplo, o motorista é obrigado a desembolsar quase R$ 20 para rodar pouco mais de 60km. Um estudo realizado pelo IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) revelou que um caminhão de seis eixos paga em São Paulo 74% a mais do que se fizesse um trajeto semelhante na Itália.
A agência estadual que cuida do setor diz que os valores cobrados são revertidos em melhorias e que parte do imposto recolhido é distribuído entre os municípios da região.
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