Produtores paulistas estão insatisfeitos com a safra de batata-doce
Produtores paulistas estão insatisfeitos com a safra de batata-doce

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As ramas da batata-doce servem de mudas para o próximo plantio. Elas são retiradas de uma área pelos funcionários da fazenda e plantadas em outra área.
Há 16 anos no setor, dois irmãos aprenderam na prática o que consideram o melhor jeito de trabalhar. Mas desde o final do ano passado a plantação foi atingida por um fungo.
“Tem um fungo conhecido por mal do pé e está tirando o sono dos produtores”, contou o agricultor Luiz Rocha.
No primeiro trimestre de 2009, Luiz colheu 800 caixas de batata-doce por hectare. Neste ano, no mesmo período, a produção foi reduzida pela metade. Para resolver o problema o produtor intensificou a rotação da cultura e investiu no uso de agrotóxicos. Tudo que foi colhido já está vendido.
“Os preços melhoraram de 15 dias para cá. Há 15 dias, estava a R$ 6,00 a caixa. Hoje, o preço pago ao produtor é R$ 9,00”, completou Luiz.
A batata-doce é cultivada o ano todo. Por isso, é possível encontrar numa mesma época áreas de plantio e de colheita. A região de Presidente Prudente é a maior produtora de batata-doce do Estado. Segundo o Instituto de Economia Agrícola, a área plantada no ano passado foi de 2,2 mil hectares e a produção de quase 1,5 milhão de caixas de 24 quilos.
Depois de seis meses de espera, os dois sócios estão colhendo a batata-doce. Eles plantaram dez hectares. A expectativa de colheita ficou abaixo do esperado.
“Choveu exagerado no começo do ano e ela não produziu o suficiente”, explicou o agricultor Leandro Buzetti.
São Paulo é o terceiro maior produtor de batata-doce do país. Só perde para o Rio Grande do Sul e para a Paraíba.