Assentamentos são ineficientes, diz pesquisa; Incra contesta números
Assentamentos são ineficientes, diz pesquisa; Incra contesta números

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Os assentamentos agrários brasileiros são ineficientes do ponto de vista de geração de renda, segundo pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta terça-feira. De acordo com o levantamento, 72,3% deles não geram renda com a produção, dos quais 37% não produzem nada; 10,7% não produzem o suficiente para a família e 24,6% produzem apenas o suficiente para a família.
Assim, apenas 27,7% dos assentamentos do país têm produção suficiente para o sustento de seus moradores com excedente para a venda, segundo a pesquisa.
"Se existe uma coisa que não aprendemos a fazer, infelizmente, foi reforma agrária", disse a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. "Precisamos aprimorar o modelo, que não está gerando renda e que acabam transformando os assentamentos em verdadeiras favelas rurais. Isso precisa ser revisto", completou.
A pesquisa do Ibope foi realizada de 12 a 18 de setembro deste ano com mil famílias assentadas. Para a amostragem, foram considerados nove assentamentos de nove Estados brasileiros que se enquadravam no nível 7 (de uma escala de 1 a 7). Este nível leva em conta a emancipação do assentamento. De acordo com os dados do Ibope, 240 deles de um total aproximado de 8 mil encontram-se nesse estágio.
"A ideia é a de levantar vazios institucionais para que possam ser preenchidos", disse a senadora.
De acordo com ela, a maior parte do resultado da pesquisa do Ibope já era aguardada pela CNA. "Já esperávamos os resultados da pesquisa, mas enquanto não é divulgado por uma instituição de grande porte, pode parecer que estamos falando uma não verdade", argumentou.
Incra
O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, rebateu os resultados da pesquisa. Para o presidente do Incra, a amostra "é muito pequena para se tirar as conclusões apresentadas".
"Na minha opinião, essa pesquisa foi direcionada para desqualificar a reforma agrária e dizer que ela não é necessária ao país", declarou Hackbart. "Eu digo que a reforma agrária é necessária e não só para produção, mas para diminuir as desigualdades no país", completou.
O presidente do Incra rebateu principalmente a conclusão da pesquisa de que 72,3% dos assentamentos avaliados não geram renda com a produção, dos quais 37% não produzem nada. "É totalmente equivocado pegar o dado de produção para questionar a reforma agrária porque estamos falando de um universo de pessoas excluídas", afirmou Hackbart.
Ele acrescentou que também é função da reforma agrária promover cidadania e dar moradia à população excluída.
Assim, apenas 27,7% dos assentamentos do país têm produção suficiente para o sustento de seus moradores com excedente para a venda, segundo a pesquisa.
"Se existe uma coisa que não aprendemos a fazer, infelizmente, foi reforma agrária", disse a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. "Precisamos aprimorar o modelo, que não está gerando renda e que acabam transformando os assentamentos em verdadeiras favelas rurais. Isso precisa ser revisto", completou.
A pesquisa do Ibope foi realizada de 12 a 18 de setembro deste ano com mil famílias assentadas. Para a amostragem, foram considerados nove assentamentos de nove Estados brasileiros que se enquadravam no nível 7 (de uma escala de 1 a 7). Este nível leva em conta a emancipação do assentamento. De acordo com os dados do Ibope, 240 deles de um total aproximado de 8 mil encontram-se nesse estágio.
"A ideia é a de levantar vazios institucionais para que possam ser preenchidos", disse a senadora.
De acordo com ela, a maior parte do resultado da pesquisa do Ibope já era aguardada pela CNA. "Já esperávamos os resultados da pesquisa, mas enquanto não é divulgado por uma instituição de grande porte, pode parecer que estamos falando uma não verdade", argumentou.
Incra
O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, rebateu os resultados da pesquisa. Para o presidente do Incra, a amostra "é muito pequena para se tirar as conclusões apresentadas".
"Na minha opinião, essa pesquisa foi direcionada para desqualificar a reforma agrária e dizer que ela não é necessária ao país", declarou Hackbart. "Eu digo que a reforma agrária é necessária e não só para produção, mas para diminuir as desigualdades no país", completou.
O presidente do Incra rebateu principalmente a conclusão da pesquisa de que 72,3% dos assentamentos avaliados não geram renda com a produção, dos quais 37% não produzem nada. "É totalmente equivocado pegar o dado de produção para questionar a reforma agrária porque estamos falando de um universo de pessoas excluídas", afirmou Hackbart.
Ele acrescentou que também é função da reforma agrária promover cidadania e dar moradia à população excluída.