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A Polícia Federal, com o apoio da Corregedoria-Geral do
Ministério da Fazenda, deflagrou hoje (3) a Operação Esfinge. É para
desarticular uma quadrilha que praticou fraudes em licitações, desvio de
recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. A operação, que investiga
irregularidades em licitações na Casa da Moeda, está sendo realizada em
conjunto com o Ministério Público Federal.
Segundo informações da Polícia Federal, 25 agentes federais
e doze servidores da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda cumprem em São
Paulo e Brasília dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e
apreensão em escritórios e residências dos integrantes do grupo criminoso, que
teria movimentado R$ 70 milhões em propinas.
Consultoria
Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do
Rio de Janeiro e um dos alvos é um escritório de consultoria, cujo nome não foi
revelado. O escritório teria recebido cerca de R$ 70 milhões de uma empresa
investigada por fraude em licitação na Casa da Moeda.
“As investigações apontam que esse escritório recebeu o
valor sem prestar os serviços em contrapartida, e teria servido de fachada para
intermediar o pagamento de propina aos envolvidos no esquema”, diz a nota.
As prisões preventivas foram decretadas em desfavor de um
auditor-fiscal da Receita Federal e de sua esposa, que foram indiciados e
denunciados por crimes de corrupção ativa e passiva.
A Operação Esfinge é um desdobramento da Operação Vícios, da
Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor) do Rio de
Janeiro, que, no ano passado, cumpriu mandados de busca em 23 endereços ligados
aos investigados, incluindo gabinetes do edifício sede da Receita Federal, em
Brasília, e na Casa da Moeda, no Rio.
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