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A Justiça bloqueou R$ 28,7 milhões em duas contas de Mônica
Moura, mulher do publicitário João Santana, por determinação do juiz federal
Sérgio Moro. Por meio do sistema de bloqueio eletrônico do Banco Central, foram
bloqueados também R$ 2,7 milhões nas contas de Santana. A decisão de Moro foi
proferida como medida cautelar na investigação da Operação Acarajé, deflagrada na
semana passada.
O bloqueio atingiu também outros investigados e empresas do
publicitário. Na conta da Polis Propaganda foram bloqueados R$ 407 mil.
Preso na Suíça, o funcionário da Odebrecht Fernando
Migliaccio teve bloqueados R$ 1,9 milhão. Na conta do empresário Zwi Skornicki,
acusado operar repasses ao publicitário no exterior, o banco bloqueou R$ 4,4
milhões.
Na Operação Acarajé, os investigadores suspeitam que Santana
e sua mulher receberam US$ 7,5 milhões, que teriam sido pagos por meio de
empresas offshores controladas pela Odebrecht no exterior.
Em depoimentos, o casal confirmou que recebeu dinheiro no
exterior por campanhas eleitorais na Venezuela e em Angola. A suspeita é de que
os valores sejam oriundos do esquema de corrupção na Petrobras
De acordo com a decisão do juiz, as instituições bancárias
deveriam bloquear até R$ 25 milhões de cada investigado, valor que
eventualmente estaria depositado nas contas. O valor do bloqueio é padrão e não
significa que dinheiro tenha origem ilícita.
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