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A venda de medicamentos para emagrecer que contenham
sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol poderá ser liberada.
A Câmara já aprovou o projeto que libera a produção e a comercialização dessas
substâncias, assim como a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle do Senado, mas o texto ainda precisa ser aprovado pelo
plenário da Casa.
Há cinco anos, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu o uso
dessas substâncias. Três anos depois, um decreto liberou a comercialização, mas
apenas para uso restrito e controlado, com a retenção da receita e assinatura
de termo de responsabilidade de médico e paciente.
Agora, com o projeto na Comissão do Senado, a justificativa do relator, Otto
Alencar (PSD), é de que é preciso garantir em lei a disponibilidade dos
anorexígenos no Brasil, de forma a impedir que uma nova norma infralegal seja
editada para retirá-los do mercado.
Mesmo assim, a medida é vista com uma certa preocupação por pessoas que usam ou
já usaram esse tipo de medicamento.
É o caso da jornalista Flávia Moraes que, mesmo sem ter obesidade crônica tomou
femproporex e anfepramona receitadas pelo médico.
Ela teve problemas no fígado e não conseguiu emagrecer o esperado.
O endocrinologista Fabiano Sandrini recomenda a prática de exercícios e uma
dieta saudável como a receita ideal para quem quer perder peso.
Ele alerta que as substâncias para emagrecer devem ser apenas auxiliares no
tratamento.
Os medicamentos deverão ser classificados como tarja preta e ter a venda condicionada
à receita azul, aquela que fica retida com o farmacêutico.
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