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A imprensa oficial chinesa adverte hoje (18) a vencedora das
eleições de sábado (16) em Taiwan, Tsai Ing-wen, para que recuse uma postura
pró-independência e que um corte com o continente seria entrar por uma
"via sem saída".
A vitória do principal partido da oposição em Taiwan, o
Partido Democrático Progressista (PDP), de Tsai Ing-wen, nas eleições de sábado
demonstra, aparentemente, o desejo dos taiwaneses de se afastarem de Pequim,
após vários anos de aproximação.
O PDP é tradicionalmente partidário da independência, mas
Tsai moderou seu discurso ao garantir que o status quo será mantido.
Zhou Zhihuai, diretor do Instituto de Estudos de Taiwan da
Academia de Ciências Sociais da China, escreveu hoje na edição em chinês do
jornal Global Times que se Tsai "romper com o continente, irá
entrar por uma via sem saída".
Pequim "não terá ilusões irrealistas", refere
Zhou, mas a opção pela "paz ou antagonismo" nas relações entre o
continente e a ilha caberá a Tsai.
Taiwan – a ilha onde se refugiou o governo da antiga
República da China quando o Partido Comunista Chinês (PCC) tomou o poder no
continente há 66 anos – é vista por Pequim como uma província chinesa e não uma
entidade política soberana.
Nos últimos oito anos, enquanto o Partido Nacionalista (KMT)
esteve no poder, as relações entraram num período de fortalecimento sem
precedentes, numa aproximação vista com desconfiança pela opinião pública
taiwanesa.
Após a vitória de sábado, Tsai avisou a China de que a
"repressão" prejudicará as relações e que o "sistema
democrático, identidade nacional e espaço internacional [de Taiwan] devem ser
respeitados".
Em editorial, o jornal oficial em língua inglesa China
Daily insistiu hoje que a derrota do KTM está relacionada com assuntos
como o aumento do desemprego e desigualdade na ilha e não com a postura daquele
Partido, favorável ao diálogo com Pequim.
E acrescentou que as políticas de Tsai com o continente
"permanecem ambíguas". "Ela será responsável por manter o
desenvolvimento pacífico nas relações entre os dois lados do estreito",
aponta o China Daily.
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