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O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, acaba
de chegar em Brasília, onde vai começar a cumprir pena com mais de dois anos de
atraso. A aeronave cinza da Polícia Federal pousou no Aeroporto Internacional
da capital às 8h46. Vestindo um agasalho claro e uma calça de moleton,
Pizzolato desceu da aeronave escoltado por agentes da PF. Ele foi condenado na
Ação Penal 470, o processo do mensalão, por peculato e lavagem de dinheiro, mas
fugiu para a Itália em setembro de 2013, antes do fim do julgamento, com um
passaporte falso.
Na capital federal, ele será encaminhado ao Instituto
Médico-Legal, onde fará exame de corpo de delito. Um comboio da Polícia
Federal, com três viaturas descaracterizadas, vai leva-lo durante os
deslocamentos em Brasília. Ele será escoltado para o IML, na sede da Polícia
Civil, em um automóvel blindado.
De lá, ele segue para o Complexo Penitenciário da Papuda
para acertar as contas com a justiça brasileira. Na mesma penitenciária, foram
encarcerados outros condenados da Ação Penal 470, como o ex-ministro da Casa
Civil, José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o ex-deputado
federal pelo PT, José Genoíno.
Pelo menos doze agentes da PF, incluindo um médico e um
delegado, acompanharão o trajeto do condenado em Brasília. No início da manhã,
Henrique Pizzolato desembarcou em voo comercial no Aeroporto Internacional de
Guarulhos, em São Paulo.
A chegada ao Brasil do ex-diretor de Marketing do Banco do
Brasil encerra um capítulo na história da fuga de um dos condenados no processo
do mensalão, que envolveu também vários recursos judiciais e tentativas do
governo brasileiro de trazê-lo de volta ao Brasil.
Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
peculato, mas, por ter dupla cidadania, fugiu para a Itália em 2013, com um
passaporte falso em nome de um irmão morto. O ex-diretor foi o único dos
condenados que fugiu. Ele foi preso em fevereiro do ano passado em Maranello,
na Itália, após ter o nome incluído na lista de procurados internacionais da
Interpol.
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