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O presidente do grupo Volkswagen nos Estados Unidos (EUA),
Michael Horn, admitiu hoje (9) que o objetivo do programa de informática ilegal
instalado nos sistemas de controle de gestão dos motores diesel entre 2008 e
2015, era ocultar à Agência de Proteção Ambiental do país que os automóveis não
cumpriam as normas norte-americanas de emissão de óxido de nitrogênio.
Ele respondeu a uma série de críticas no Congresso dos EUA devido ao escândalo
de manipulação dos motores. Horn falou durante duas horas a integrantes do
Comitê da Câmara dos Representantes para a Energia e o Comércio (EPA).
Deixando muitas perguntas-chave sem resposta, o presidente
da empresa lembrou o seu desconhecimento prévio tanto da manipulação dos
motores a diesel quanto dos detalhes do programa que oculta as emissões reais
dos veículos.
À pergunta do presidente do comitê, um republicano eleito
pelo estado da Pensilvânia, Tim Murphy, se a Volkswagen tinha instalado o
programa “com o objetivo expresso” de ocultar as emissões poluentes, Horn
respondeu: “sim, foi instalado com esse objetivo”.
O executivo alemão, de 51 anos, acrescentou que não teve
conhecimento do fato até 1º de setembro deste ano, dois dias antes de o grupo
ter admitido à EPA que os veículos estavam manipulados e 17 dias antes de o escândalo
se tornar público.
Até agora, Horn garantiu que só sabia que os veículos não
cumpriam as normas de emissão graças a um estudo feito no início de 2014 por
investigadores independentes, mas que a empresa na Alemanha tinha informado que
o problema podia ser resolvido com a instalação de um novo programa de
informática.
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