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O Brasil perdeu 1,8% de suas florestas entre 2010 e 2012,
segundo dados divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Em 2010, o país tinha 3,26 milhões de quilômetros quadrados
(km²) de vegetação florestal, enquanto em 2012, essa área caiu para 3,2 milhões
de km², uma perda de quase 60 mil km² em apenas dois anos.
Nesses dois anos, houve a reposição de 204 km² de florestas,
mas o desmatamento foi quase 300 vezes maior: 59,4 mil km². A perda da
vegetação florestal deveu-se principalmente à expansão agrícola, que respondeu
por 68% da redução das florestas no país. A expansão da pastagem plantada
respondeu por outros 28% e a silvicultura por apenas 4%.
Segundo a pesquisa Mudanças na Cobertura e Uso da Terra do
IBGE, no entanto, a principal perda de vegetação natural ocorreu nas pastagens
naturais, que são áreas de vegetação campestre natural sujeitas a atividade
pastoril de baixa intensidade e que perderam 7,8% de sua superfície nesse
período.
A expansão agrícola também foi responsável por 65% do recuo
das pastagens naturais. Outros 35% de perda foram provocados pela expansão da
pastagem plantada.
As áreas de vegetação campestre alagada, como charcos e
pântanos, reduziram-se em 5,9%, enquanto as de vegetação campestre, como
savanas, perderam 2,7% de sua superfície.
Ao mesmo tempo, as áreas artificiais, que incluem áreas
urbanas, cresceram 2,5%, as áreas agrícolas aumentaram em 8,6% e as pastagens
plantadas avançaram 11,1%. A silvicultura teve crescimento de 4,6% nesses dois
anos.
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