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A rivalidade entre paulistas e sul-mato-grossenses pela
disputa da sede das hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, na região de
Araçatuba, em nada lembra o passado do projeto. A megaobra do complexo
Urubupungá, planejada para ajudar a tirar o País da estagnação energética,
ainda na década de 1950, contou com o apoio de sete Estados. Registros
históricos mostram São Paulo e o então Mato Grosso como parceiros da
empreitada. As informações são da Folha
da Região de Araçatuba.
Nas últimas semanas, com a aproximação do leilão que
concederá as duas usinas por mais 30 anos, veio à tona a disputa dos dois
Estados para assumir o domicílio fiscal dos empreendimentos, até então dos
paulistas. Enquanto São Paulo alega ter sido o responsável financeiro pela
viabilização dos projetos, Mato Grosso do Sul comemora o reconhecimento da
União em ser a sede das casas de força e almeja a reparação tributária pelos
impactos em seu território.
ATUALIDADE
O historiador Andrey Martin, 28 anos, nascido em Guararapes,
tem se debruçado a esmiuçar os fatos que marcaram o planejamento e o
desenvolvimento dos dois projetos. Segundo ele, a recente repercussão na mídia
e nas redes sociais sobre qual Estado deve ser o detentor do domicílio fiscal
das duas usinas só comprova a atualidade do tema.
"Em redes sociais e nos comentários das notícias na
web, percebo um acirramento que ultrapassa a questão energética e dos
royalties. Sinto que estão extrapolando o debate econômico e que está havendo
uma disputa simbólica", afirma Martin. Para o pesquisador, que faz seu
doutorado sobre o tema na Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Assis, além
de impostos, as hidrelétricas também mexem com a identidade cultural das duas
comunidades.
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