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O Produto Interno Bruto do Brasil teve queda de 1,9% no
segundo trimestre de 2015, na comparação com o primeiro trimestre, informou
hoje (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador
mostra que a soma das riquezas produzidas no Brasil nos meses de abril, maio e
junho foi R$ 1,428 bilhão.
Nos primeiros seis meses de 2015, a retração acumulada da
economia brasileira foi 2,1%, segundo o IBGE. O Produto Interno Bruto do
segundo trimestre de 2015 ficou 2,6% abaixo do que foi registrado no mesmo
período do ano passado. A queda do PIB em relação ao trimestre anterior é a
maior desde o primeiro trimestre de 2009.
A maior queda foi registrada na indústria, que teve redução
de 4,3% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. A agropecuária teve
queda de 2,7% e o setor de serviços recuou 0,7%. O consumo do governo cresceu
0,7%.
As exportações de bens e serviços aumentaram 3,4% no segundo
trimestre, em relação ao três primeiros meses do ano, e as importações caíram
8,8%. A despesa de consumo das famílias caiu 2,1%, quando comparada ao
trimestre anterior.
Indústria e serviços
A retração da indústria foi mais intensa na construção
civil, que apresentou desempenho 8,4% menor que no primeiro trimestre. A
indústria da transformação teve queda de 3,7%. A indústria da construção e a
indústria da transformação respondem juntas por 75% do volume industrial
brasileiro.
No setor de serviços, o comércio caiu 3,3%, os serviços de
transporte, armazenagem e correio recuaram 2% e os serviços de informação,
1,3%. Os serviços de administração, saúde e educação pública tiveram a maior
alta, de 1,9%.
Agricultura
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o setor
agropecuário foi o único a apresentar alta, de 1,8%. De acordo com o IBGE, o
bom desempenho de alguns produtos com safra no segundo trimestre e a
produtividade contribuíram para o resultado. Em um ano, houve crescimento de
11,9% para a soja, 5,2% para o milho e 4,4% para o arroz. A produção de café e
feijão caiu 2,2% e 4,1%, respectivamente.
A queda da indústria em relação ao ano passado chegou a
5,2%, puxada pela indústria de transformação, que recuou 8,3%. O setor de
serviços caiu 1,4% em relação a 2014, com queda de 7,2% no comércio atacadista
e varejista.
O desempenho das exportações e importações na comparação
interanual foi influenciado por uma desvalorização cambial do real de 38% entre
o segundo trimestre de 2014 e o deste ano. As exportações de bens e serviços
subiram 7,5% e as importações caíram 11,7%.
As despesas de consumo das famílias também tiveram queda
maior na comparação com 2015 em relação aos primeiros meses de 2014. De acordo
com o IBGE, o indicador recuou 2,7%, a segunda queda consecutiva. Fatores como
inflação, juros, crédito, emprego e renda pesaram para que o resultado fosse
negativo.
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