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O primeiro semestre de 2015 é o mais quente da história para
o período desde que os dados sobre a temperatura global começaram a ser
coletados, em 1880. As temperaturas medidas nos meses de março, maio e junho
deste ano bateram recorde como as mais quentes, se comparadas às dos anos
anteriores.
Entre os meses de janeiro e junho, a média das temperaturas continental e
oceânica estava em 0.85° Celsius acima da média do século 20 para essa época do
ano.
As informações foram divulgadas nesta semana pela Administração Nacional de
Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos e confirmadas pela Agência Espacial
Americana (Nasa) e a Agência Meteorológica do Japão. Em junho, a temperatura
média continental e oceânica estava 0.88°C acima da média para o mesmo mês no
século passado, ultrapassando o recorde de junho de 2014 em 0.12°C.
Segundo a Nasa, nove dos dez anos mais quentes da história
foram registrados a partir do ano 2000.
A previsão dos órgãos de meteorologia da Austrália, do Japão
e dos Estados Unidos é que o ano de 2015 será o mais quente da série histórica.
Uma das possíveis explicações é a intensificação do fenômeno El Niño, que
altera o clima globalmente ao transferir grande quantidade de calor da zona
tropical do Oceano Pacífico para outros locais do planeta, a partir da
alteração da temperatura da superfície da água.
O Escritório de Meteorologia da Austrália confirmou hoje que
o fenômeno El Niño de 2015 continua se fortalecendo. Segundo o escritório,
ventos alísios mais fracos na zona tropical do Pacífico resultaram no maior
aquecimento das águas da região.
A Austrália acompanha a oscilação do El Niño e verificou
aumento médio de mais de 1ºC por 10 semanas seguidas na superfície da água,
duas semanas a mais que o recorde registrado em 1997. De acordo com simulações
feitas em diversos modelos climáticos internacionais, El Niño vai ficar mais
forte este ano e deve persistir até o início de 2016.
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