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Uma fazenda em Restinga, no nordeste de São Paulo, tem
360 hectares de plantação de cana. O desenvolvimento não está como o agricultor
esperava. “A parte produtiva, que é o que nos interessa, está muito abaixo da
média anual. Ela deveria estar no mínimo, com o dobro de gomo e gomos maiores
do que está”, diz Marcelo Ravagnani, agricultor. A esperança agora é que as
chuvas deste ano recuperem parte das perdas. As informações são do Globo Rural.
No ano passado, as colheitas nas regiões, central e sul do
Brasil chegaram a 570 milhões de toneladas de cana, queda de quase 5% em
relação à safra de 2013. Isso afetou ainda mais a situação das usinas que já
vivem uma crise que já dura mais de cinco anos.
Na região centro-sul do país, pelo menos 50 usinas fecharam
as portas, mas tem unidade que já começou a safra. A expectativa é que o aumento
da mistura do etanol na gasolina, a partir de 16 de março, possa melhorar
a situação.
A primeira usina a entrar em operação nesta safra, na região
de Ribeirão Preto, estima moer 3,9 milhões de toneladas de cana, 5% a
menos que no ano passado.
A antecipação em quase um mês faz parte de uma estratégia
“Nós deixamos um pouco de cana do ano passado para este ano e estamos iniciando
com esta cana neste mês de março”, diz Bernardo Biagi, presidente da empresa.
As usinas brasileiras devem reduzir o volume de açúcar
produzido para atender a demanda de etanol. “Essa adição de 25 para 27% do
álcool à gasolina, é uma medida muito bem-vinda para o nosso setor. E hoje,
como o preço do açúcar no mercado internacional está muito ruim, muito baixo,
nós vamos direcionar um pouco mais de cana para a produção de etanol”, declara
Biagi.
A maioria das usinas do Centro-Sul só começa a colheita da
cana no mês que vem.
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