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A indústria de carne bovina brasileira registrou um
faturamento de US$ 432 milhões em fevereiro, com embarques de mais de 98 mil
toneladas, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras
de Carnes (Abiec). Com relação a janeiro, os números mostram recuperação,
com crescimento de 1,39% em faturamento e 1,90% em volume.
A Venezuela e o Irã foram os mercados que mais apresentaram
crescimento, tanto em faturamento como em volume em fevereiro. Para a
Venezuela, foram enviadas 9.754 toneladas de carne – crescimento de 174% com
relação ao primeiro mês do ano – com faturamento de US$ 55,5 milhões – aumento
de 211% comparando com janeiro.
Já o Irã comprou mais de 4.400 toneladas de carne
brasileira, 106% a mais que janeiro, o que gerou um faturamento de US$ 16
milhões, 99% maior que o mês anterior. Vale lembrar que o Irã retomou as
exportações de carne do Mato Grosso no último ano, suspendendo o embargo ao
produto do Estado.
No acumulado do ano, somando os meses de janeiro e
fevereiro, foram exportadas 194 mil toneladas de carne bovina brasileira – 28%
menos do que no mesmo período do ano passado. Somado o faturamento nos dois
primeiros meses do ano chega a um valor de US$ 859 milhões, queda de 26% em
relação a 2014.
De acordo com o presidente da Abiec, Antônio Jorge
Camardelli, essa retração já era esperada, motivada em grande parte pela queda
das exportações para a Rússia.
– No ano passado tivemos um movimento atípico em janeiro, já
que as cotas de importação da Rússia haviam sido distribuídas em dezembro,
refletindo no aumento das exportações no primeiro mês do ano – explica.
O presidente da Abiec ressalta que o setor espera uma
recuperação gradativa, já que o cenário começa a se estabilizar.
– Os preços estão se ajustando, o rublo voltando a subir e o
dólar está num patamar favorável às exportações. Tivemos recentemente a
reabertura de importantes mercados como Iraque e África do Sul, além de boas
perspectivas com o fim definitivo dos embargos de China, Arábia Saudita e
Japão, além da possibilidade de abertura para os Estados Unidos. O que nos
permite manter a expectativa de atingir novo recorde em 2015 – afirma
Camardelli.
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