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A epidemia de dengue não vem só prejudicando o sistema de saúde de Catanduva (SP) neste começo do ano, mas também a economia da cidade. O problema é que muitos funcionários tiveram de se afastar do trabalho para cuidar da doença e isso prejudica as empresas. As informações são do portal G1/TV Tem.
O cartaz na porta de um salão de beleza traz um desabafo: ‘Aqui tem trabalhador com dengue, viu? Sr Prefeito’. O dono do salão, o cabeleireiro João Marcos Vidoto, que é o único funcionário, está com dengue. João deveria estar de repouso, mas diz que não pode abrir mão da fonte de renda. “Quando não tem ninguém fico deitado. Parar totalmente não dá, eu sou a minha ferramenta de trabalho. Eu parado parou tudo”, afirma o cabeleireiro.
Catanduva vive uma das piores epidemia da última década. Em 2006, para se ter uma ideia, foram 3.458 mil casos da doença. Este ano, já são mais de 300 casos confirmados e 1,3 mil pessoas aguardam os resultados dos exames. A prefeitura não acredita que chegará a este número de 2006 até o fim do ano, mas há duas semanas foi decretado estado de emergência e a festa de carnaval foi cancelada.
Alguns setores da economia de Catanduva já começaram a sentir os efeitos colaterais dessa epidemia. No comércio a baixa é grande e, no centro da cidade, onde está concentrado o maior número de lojas é difícil encontrar alguma que não tenha pelo menos um funcionário afastado por causa da dengue. “Fui num lava jato deixar o carro para lavar e o rapaz estava com dengue, eu venho cortar o cabelo e o cabelereiro está com dengue, na empresa onde minha mulher trabalha a gerente está com dengue. A cidade toda está com dengue, é uma coisa assustadora”, afirma o empresário Augusto Marques Monari.
O empresário Frederico Gomes Peres tem uma loja de calçados e um restaurante e quatro funcionários estão com a doença. “Somos empresas pequenas, nós temos funções bem definidas para cada funcionário e na falta de um funcionário, principalmente no restaurante, imagina o que isso não acarreta”, diz Frederico.
Em outra padaria são dois funcionários de licença médica. “Quando um falta, as pessoas fazem uma união, um ajuda ali, acabou aqui vamos lava ali, ajuda um pouquinho, mas não é normal o que está acontecendo na cidade”, diz o dono da padaria José Márcio Riva.
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