Seca e queimadas aumentam custos na pecuária no noroeste paulista

Seca e queimadas aumentam custos na pecuária no noroeste paulista

Gado sofre para conseguir pastagem com as queimadas (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Gado sofre para conseguir pastagem com as queimadas (Foto: Reprodução/ TV TEM)

A falta de chuva traz o problema das queimadas ao noroeste paulista, com grandes áreas de pastagem destruídas e que não conseguem se recuperar. A consequência é o aumento dos custos na pecuária, bem acima do esperado para a época. As informações são do portal G1/TV Tem.

O trabalhador rural João de Oliveira está sempre de olho no pasto da fazenda onde trabalha em São José do Rio Preto (SP). Ele não pode descuidar porque nos últimos 30 dias ele ajudou a apagar quatro incêndios na propriedade de 100 hectares. Em um deles, por pouco o fogo não atingiu os bezerros. “Vinha trazendo os bezerros e o fogo chegou perto do barracão e se deixar queima tudo. É muito difícil controlar a situação”, afirma o trabalhador.

As pastagens queimadas se multiplicam rapidamente. Só este ano na região, já foram mais de mil ocorrências de queimadas em vegetação natural, de acordo com os dados do Corpo de Bombeiros. No mês de agosto foram 249, o que dá uma média de oito queimadas por dia.

O pecuarista Osmair Guareschi trabalha na área há mais de 40 anos e está assustado com o número alto de queimadas este ano. Em menos de um mês, ele já perdeu 200 hectares de pasto e teve que mudar de lugar 550 cabeças de gado. “O pasto era novo e fazia 20 dias que tinha colocado o gado no local, aí veio o fogo e eu tive de tirar e mandar para outro pasto, que por causa da seca também já estava prejudicado”, afirma Osmair.

O fogo não só destrói o capim que serve de alimento para o gado, mas na maioria das vezes prejudica o solo e compromete toda a área que só vai poder receber os animais de novo depois de reformada, o que significa mais custos ao pecuarista. “São dois prejuízos, além da perda da matéria verde, nós temos uma descoberta de solo muito grande e pode provocar uma erosão. Então o pecuarista deixa de ter alimentação para o gado e vai ter uma área nas próximas chuvas expostas a erosão”, diz o engenheiro agrônomo Ricardo Santos Silva.

Sem pasto, Osmair teve que confinar o gado e agora está gastando oito vezes mais. “Eu gasta R$ 2 mil por mês e agora estou gastando R$ 18 mil. Isso, lá na frente, vai influenciar no preço com certeza, vai faltar gado e os preços vão subir”, diz o produtor.

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