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O bodyboarder brasileiro Deivid
Júnior, de 34 anos, viveu o céu e o inferno no último fim de semana em
Teahupoo, no Taiti. Ao lado de dois amigos, o capixaba sentiu a sensação de
deslizar nas famosas e perfeitas "bombas", mas um incidente em uma
onda de quase 12 metros quase o fez perder a vida no sábado. Deivid encarou a
temida ondulação na remada, e não imaginava que sua posição iria variar tanto.
Acabou ficando no tubo e ainda tomou na cabeça outra onda que vinha logo atrás.
Deivid foi salvo pelo amigo Bernardo Nassar, que o encontrou no canal,
desacordado.
Levado ao hospital, passou a noite hospitalizado e recebeu doses de adrenalina
para que o organismo reagisse mais rápido. De acordo com os médicos, Deivid
experimentou três dos quatro estágios de um afogamento, contudo, escapou ileso
e após dois dias sem conseguir beber água ou se alimentar, não se arrepende da
experiência vivida.
- A sensação foi a melhor. Sempre
quis estar dentro de qualquer mar que alguém esteja remando. Queria muito ver a
realidade de Teahupoo de perto. Teahupoo foi a minha história. Tinha conseguido
uma onda com um bom tubo, essa foi a segunda. O meu corpo parou e não me lembro
muito. O Bernardo Nassar me encontrou desorientado. Não conseguia falar... Ele
me levou para o hospital. Cuspi sangue uns dois dias. Dos quatro estágios para
o afogamento eu fui até o terceiro. Tomei adrenalina para reanimar meu
organismo. O meu organismo bloqueou por segurança. Fiquei umas 48 horas sem
comer e beber. Não passava nada - explica Deivid.
Pelas redes sociais, o surfista explicou para os amigos tudo o que viveu.
- Essa foi a minha despedida de Teahupoo, a onda mais temida do mundo...O tow
in não foi e sobrou para mim, fiz o drop despencando e não imaginava que a onda
fosse virar tanto de oeste. Resultado, fiquei no tubo e tomei uma big que vinha
atrás na cabeça. Graças a Deus encontrei Bernardo Nassar no canal que veio logo
me ajudar. Tomei muita água de sal e acho que perdi a consciência. Os meus
amigos André Majevski, Leonardo Dias Samora e Bernardo me levaram logo para o
Hospital onde passaram a noite comigo, fui muito bem recepcionado. Fizeram
nebulização com adrenalina para o meu organismo reagir. Segundo a médica, dos
quatro estágios para o afogamento eu fui até o terceiro. Cuspi muito sangue até
no outro dia. Graças a Deus hoje acordei muito melhor e já estou me
alimentando. Estou muito feliz por tudo e não me arrependo. DROPEI A BOMBA.
Isso é o resultado para aqueles q buscam o limite - garantiu.
oucos dias após ficar entre a vida
e a morte, Deivid não irá voltar para casa. Ao lado dos amigos, segue em busca
de outro swell. Vai para a Ilha de Páscoa. A promessa é de altas ondas por lá
nos próximos dias.
- Tá passando um swell gigante por lá.
Com 23 anos de experiência, Deivid, que já competiu no profissional, garante
que a experiência vivida não o fará se distanciar das "paredes" de
Teahupoo, pelo contrário. Ele já programa ao lado dos amigos o retorno para a
onda.
- Estou muito contente por ter surfado aquela onda. Não me arrependo. No
próximo ano, quero voltar e pegar uma maior, com meus amigos. Gosto de
desafios. Meus amigos são como eu. Foi muito legal ver a galera toda no pico
vim perguntar como estou...
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