Filhote de onça recebe tratamento após ser resgatado em Andradina

Filhote de onça recebe tratamento após ser resgatado em Andradina

Onça recebe tratamento na Unesp de Araçatuba (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Onça recebe tratamento na Unesp de Araçatuba (Foto: Reprodução/ TV TEM)

As queimadas que atingem a região noroeste paulista não apenas prejudica a qualidade do ar, mas também ameaça a fauna e a flora. O fogo que destrói áreas de preservação também atinge animais silvestres que muitas vezes morrem por não ter pra onde fugir. Na região de Araçatuba (SP), os que conseguem escapar estão recebendo cuidados especiais e são encaminhados para um projeto coordenado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). As informações são do portal G1/TV Tem.

Um filhote de onça parda é o mais novo morador da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp, em Araçatuba. O filhote chegou há poucos dias e ainda estranha o ambiente. A oncinha foi encontrada por trabalhadores de uma plantação de cana na região em Andradina (SP). A mãe desapareceu, e a suspeita é que tenha morrido em uma queimada.

Com apenas uma semana de vida, o filhote precisa de cuidados especiais. A alimentação é feita com uma mamadeira. “Normalmente, os animais estão em canaviais durante as queimadas ou em fazendas e se perdem das mães, sendo encontrados por agricultores e são encaminhados para a Unesp”, afirma Sérgio Diniz Garcia, professor do curso de veterinária da Unesp de Araçatuba.

Incêndios

Falta de chuva e a baixa umidade do ar ajudam a agravar um problema comum na região: as queimadas em matas e canaviais. Os animais acabam sendo as principais vítimas desses incêndios. A maioria não consegue sobreviver, mas alguns são resgatados e recebem tratamento em um centro de recuperação que foi criado pela Unesp, em parceria com usinas de açúcar e álcool e a Polícia Ambiental.

Um tamanduá mirim de apenas dois meses chegou com várias queimaduras e, aos poucos, ele está se recuperando. “A gente trata com curativo, antibióticos e a alimentação é em leite em pó, isso durante dois a três meses, até se alimentarem sozinhos”, diz a Gabriela Cortelli Ferreira, médica veterinária residente.

Como esses animais chegaram ainda filhotes, depois de tratados eles não terão condições de voltar à natureza, já que longe dos pais, não aprenderam a se alimentar e se defender. Do local, serão encaminhados a um zoológico ou a uma reserva de animais silvestres.

Um casal de onças pardas foi resgatado de um incêndio na região de Araçatuba há 10 anos. Os animais ainda têm marcas provocadas pelo fogo. Eles sobreviveram, mas perderam para sempre a liberdade. Por causa do longo tempo de tratamento, eles se tornaram dependentes do ser humano para se alimentar. Por isso, foram encaminhados para o zoológico da cidade.

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