A
seca provoca transtornos e é sinal de prejuízo no campo e mesmo quem tem
irrigação enfrenta aumento nos custos na região noroeste paulista. Por causa da
falta de chuva, os equipamentos precisam ser ligados mais vezes na semana e por
mais tempo. As informações são do portal G1/TV Tem.
A
seca que baixou o nível dos reservatórios e fez com que rios desaparecessem em
alguns trechos também está tirando o sono dos produtores rurais, mesmo aqueles
que têm irrigação. Em uma propriedade rural em Itajobi (SP), que tem 4.300 pés
de limão, a água para fazer irrigação vem do poço artesiano. A bomba, que antes
ficava ligada seis horas por dia, está tendo de ficar de 12 a 15 horas ligadas.
Isso
fez com que a conta de energia da propriedade saltasse de R$ 130 para R$ 700. O
produtor Lourenço Lorencete não esperava por estes custos e, o pior, o produtor
vai colher menos do que planejava. “No ano passado eu cheguei a colher até
quatro caixas por pé, hoje vou tirar duas caixas e meia, mas com qualidade
inferior”, afirma.
Já
em Mirassolândia (SP), quem plantou milho em fevereiro, para colher em julho,
mas não conta com sistema de irrigação, teve prejuízo. “Primeira safra teve
prejuízo de 50% na nossa região. Para milho, precisa de 150 a 200 milímetros de
chuva para uma boa produção, mas tivemos chuvas apenas de 50 milímetros”, diz o
agrônomo Carlos Roberto Geraldo.
Quem
tem irrigação na lavoura está em situação melhor. Em uma plantação de milho verde
no município, o sistema de irrigação, que nesta mesma época no ano passado era
ligado a cada cinco dias, agora tem de ser ligado a cada três dias. “O custo
subiu 60%. Ano passado gastava R$ 600 por semana com óleo diesel por causa da
irrigação, agora gasto R$ 1 mil. Aumentou meu custo e agora tive de passar para
o comprador”, afirma o produtor rural Elton Aparecido Fernandes.