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O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje (30), a manutenção, até
dezembro, das tarifas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) para automóveis. Segundo o ministro, o objetivo da medida é fazer com que
o setor se recupere da queda nas vendas observada nos últimos meses. A
permanência da desoneração está vinculada a um compromisso do setor em não
cortar empregos.
“A
avaliação é que as vendas foram mais fracas em função de uma série de motivos,
entre os quais a diminuição do crédito e também, no período mais atual, a
questão da Copa [do Mundo], com menos dias úteis no período”, ressaltou o
ministro, ao explicar as razões da queda na venda de veículos. A estimativa é
que a desoneração implique renúncia fiscal de R$ 1,6 bilhão.
Para
carros até mil cilindradas, a alíquota permanece em 3%. A previsão era que o
IPI para esse ipo de veículo voltasse amanhã (1º) ao patamar de 7%, anterior à
redução. Os automóveis entre mil e 2 mil cilindradas, bicombustíveis,
continuaram tributados em 9%. Antes da redução, a alíquota da categoria era
11%.
Para
o presidente da Associação Nacional da Fabricantes de Veículos Automotores
(Anfavea), Luiz Moan, a medida ajudará a impulsionar as vendas nos próximos
meses. “Eu tenho a convicção de que, com a manutenção da alíquota, teremos um
segundo semestre melhor do que o primeiro”, disse ele.
Moan
lembrou que, com a elevação das vendas, o impacto na arrecadação do governo
federal deverá ser menor do que o previsto. “Esse pressuposto de perda de
arrecadação é se as vendas forem mantidas. Mas, com certeza, com aumento do
IPI, as vendas seriam menores do que a projeção que nós temos”, acrescentou.
Segundo
balanço da Anfavea, de janeiro a maio deste ano, as vendas de automóveis caíram
8,3% em comparação com o mesmo período de 2013. Foram vendidos 1,002 milhão de
unidades nos primeiros cinco meses do ano, contra 1,092 milhão no mesmo período
do ano passado.
A
produção de automóveis caiu, de acordo com a Anfavea, 14,5% no acumulado dos
primeiros cinco meses do ano. Foram fabricados 1,153 milhão de unidades de
janeiro a maio de 2013, contra 990 mil no mesmo período deste ano. Em maio, a
produção caiu 20% em comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando 202
mil automóveis.
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