Os
funcionários dos Correios em São Paulo aprovaram uma paralisação de 24 horas,
em assembleia realizada no Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de
Correios Telégrafos e Similares de São Paulo às 19h de ontem (24). Os
empregados decidiram parar as atividades desde as 22h de ontem até a meia-noite
de hoje (25).
Os
trabalhadores reivindicam a ampliação das escoltas armadas para acompanhar o
trabalho em regiões de risco, o fim da exigência de realização de horas extras
e a extinção do atual Sistema Distribuição de Encomendas. Para os empregados, o
sistema tem gerado sobrecarga de trabalho.
Segundo
Edilson Pereira, um dos diretores do sindicato, esta sobrecarga não permite que
os carteiros consigam terminar o serviço ao fim do dia. “A empresa não quer que
volte [com sobras de encomendas], não interessa a limitação física e de
horário. A justificativa não é considerada e a empresa pune com advertência e
suspensão”, declarou.
Os
funcionários fazem uma passeata pelo centro da capital paulista, com
concentração às 9h na Rua Martins Fontes, em frente ao prédio da
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, onde às
10h, representantes do sindicato se reúnem com a empresa e com o
superintendente, Luiz Antonio Medeiros, para tentar uma conciliação. Depois,
eles seguem em caminhada até a Praça do Correio, no Vale do Anhangabaú.
“Estamos
confiantes num retorno positivo, até mesmo porque, caso [a empresa] não atenda
às reivindicações, sinalizará que não está preocupada com o verdadeiro
trabalhador, sofrendo com o descaso. Vamos lutar em defesa dos nossos direitos
e cobrar um posicionamento”, disse Edilson.
Procurados
pela Agência Brasil, os Correios ainda não se manifestaram.