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Em busca dos consumidores que criticam a quantidade de açúcar e adoçantes em suas bebidas, a Coca-Cola lançou uma nova versão adoçada com açúcar e stévia, a Coca-Cola Life. Extraída da planta stevia rebaudiana, nativa da América do Sul, a stévia adoça mais que o açúcar refinado e contém outras propriedades nutritivas, como ajudar na eliminação de toxinas. A Coca-Cola Life, já comercializada na Argentina e no Chile, teve suas calorias reduzidas de 140 para 89.
Depois da chegada ao mercado da Coca-Cola Zero, em 2006, este é o primeiro produto da marca com uma remodelação tão significativa. A bebida será comercializada na Grã-Bretanha em setembro, mas não há previsão de lançamento no Brasil. O Ministério da Saúde não avaliou o produto. Contudo, um decreto (6871/2009) sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de bebidas proíbe a associação de açúcar e adoçantes (stévia) em bebidas não alcoólicas, com exceção de preparados sólidos para sucos, como as polpas.
O lançamento da Coca-Cola Life faz parte de uma parceria entre a empresa e o governo britânico com o objetivo de reduzir os índices de obesidade na população. A promoção ao produto tem sido discreta nos mercados de teste, como a Argentina, justamente por se tratar de um movimento arriscado para a companhia — que, ao mesmo tempo em que tenta aderir a um viés mais 'verde', termina por reconhecer, indiretamente, que fabrica produtos que fazem mal à saúde. A nova bebida se posiciona, de fato, como uma resposta da Coca-Cola às diversas críticas contra seu uso ostensivo de açúcar e produtos químicos em seus refrigerantes. Contudo, parece pouco provável que o uso da stévia faça com que os adoradores de quinta passem a consumir a bebida.
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