Com
a deterioração da estação ferroviária de Castilho, moradores da cidade
acreditam que o tombamento do prédio como patrimônio histórico é a única forma
de assegurar a conservação definitiva do local. A pressão para o tombamento da
estação começou após reformas que descaracterizaram a arquitetura, há 14 anos,
com a construção de três salas e a troca de algumas portas, além da retirada
das bilheterias de seus locais originais, por exemplo. As
informações são da Folha da Região de Araçatuba.
As
ações levaram à criação da Econg, entidade sem fins lucrativos que atua em
defesa do meio ambiente no município e pleiteia a medida. "Se não fizer o
tombamento, você não protege o prédio", afirma Roberto Franco, membro da
entidade. Para ele, esse processo deve anteceder o restauro da estação. Na
época, o prédio foi cedido ao Lions Club, responsável pelas reformas. Franco
lembra que uma denúncia foi encaminhada ao Ministério Público, em Andradina, e
ao Ministério Público Federal, em Araçatuba, que conseguiram parar as obras. A
mesma entidade também escreveu seu nome na fachada da estação, construída em
1937 e desativada desde a década de 1990.
Para
pressionar o município a realizar o tombamento da estação, mais de 700 pessoas
assinaram um abaixo-assinado, em 2009. O movimento também conta com uma página
no Facebook, que pede ainda o tombamento de um hotel na cidade. Atualmente, a
estação recebe reuniões de conselhos comunitários e, inclusive, é espaço para
ensaios de uma orquestra da cidade, apesar de seu estado. Entre os principais
problemas estão telhas quebradas, apodrecimento do forro, banheiros sem portas
e vazamento de água em alguns ambientes, além de paredes trincadas.
RESTAURAÇÃO
O
tombamento, no entanto, precisa ser aprovado por um Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico. Recentemente, a criação do órgão foi sugerida pela
vereadora Sineire Buzachero (PSDB), juntamente com o presidente da Câmara,
Wagner de Souza Oliveira (PV), para que a Prefeitura elabore um projeto com
esta finalidade. A vereadora acredita que o conselho deverá impulsionar o
restauro da estação. Para ela, no entanto, o município deve ter dificuldades em
tombar o prédio, devido à posse pertencer à Rede Ferroviária Federal.