A
greve dos agentes penitenciários atinge 80 das 158 unidades prisionais
paulistas, segundo levantamento divulgado hoje (11) pelo Sindicato dos Agentes
de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp). A entidade estima
que a paralisação, iniciada ontem (10), conta com a adesão de 16 mil dos cerca
de 30 mil servidores. Na manhã de hoje, a direção do sindicato está reunida com
representantes das secretarias de Administração Penitenciária (SAP) e de
Planejamento e Desenvolvimento para discutir a pauta de reivindicações.
Eles
pedem, entre outros pontos, aumento do quadro de agentes em pelo menos 30% para
minimizar o déficit de funcionários, o fim da superlotação nos presídios e a
restruturação da carreira, com a diminuição de níveis para promoção salarial.
Os agentes querem também reajuste salarial de 20,64%, referente à inflação no
período de 2007 a 2012, além de 5% de aumento real.
O
Sindasp informou que agentes grevistas impediram nesta manhã a entrada de
carros que fazem a transferência de presos para Martinópolis, a 540 quilômetros
da capital. De acordo com a entidade, 14 carros saíram de penitenciárias que
não aderiram ao movimento e encontraram resistência dos funcionários que estão
paralisados. A Secretaria de Administração Penitenciária checa a informação.
Nas
unidades que aderiram à greve, estão mantidas apenas atividades consideradas
essenciais como alimentação, banho de sol, cumprimento de alvará de soltura e
transporte de presos em caso de urgência médica. Em contrapartida, foram
paralisadas atividades como atendimento de advogados, transporte para
audiências em fóruns que não sejam julgamento, atividades externas dos
detentos, como trabalho e escola.