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Quase
duas semanas depois de ser diagnosticada
com tumor cerebral, a professora de natação Juliana Lima Bracale Pereira, de 31
anos, conseguiu uma vaga, na quinta-feira (3), no Hospital de Base de São José
do Rio Preto, onde será internada para, depois, ser submetida a uma cirurgia de
retirada do tumor. O marido de Juliana, o vendedor Gabriel Bracale Pereira, 27,
acredita que a transferência foi conquistada depois que o caso repercutiu, nos
últimos dois dias, nas redes sociais. Ela seria transferida ainda na tarde de
ontem, em uma ambulância especial. As
informações são da Folha da Região de Araçatuba.
De
acordo com Pereira, Juliana foi internada na Santa Casa de Araçatuba no dia 21
de setembro, após receber o diagnóstico do câncer. Durante esses 13 dias de
internação, ele conta que a direção do hospital e o neurocirurgião Rodrigo
Mendonça, responsável pelo atendimento da paciente, tentaram recorrer a um
equipamento chamado aspirador ultrassônico, indispensável no procedimento
cirúrgico, mas não obtiveram sucesso.
Ao
mesmo tempo, o vendedor disse que o hospital solicitou diversas vezes à Cross
(Central de Regulação de Vagas e Serviços de Saúde), órgão da Secretaria de
Estado da Saúde, transferência da paciente para unidades que possuem esse tipo
de aparelho, o que aconteceu apenas ontem. "Eu perdi a paciência porque,
para ela ser operada em Araçatuba, teria que alugar esse aparelho por R$ 17,5
mil e, como nós não temos condições financeiras, apelei ao Facebook e contei a
história da minha esposa. Muita gente ajudou. Eu também só tenho que agradecer
ao pessoal da Santa Casa, que cuidou muito bem da Juliana nesse período",
relatou Pereira.
OBRIGAÇÃO
O
neurocirurgião Rodrigo Mendonça explicou que a Santa Casa não tem o nível de
complexidade exigido no Ministério da Saúde para possuir o aspirador
ultrassônico, e, por isso, deveria ser obrigação do Estado conseguir vaga em
uma outra unidade de saúde com esse nível e equipada. Segundo ele, a
ineficiência da Cross impediu que a paciente fosse transferida o quanto antes.O
hospital também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que chegou a
conseguir de um fornecedor do equipamento, avaliado em aproximadamente R$ 500
mil, que ele fosse usado na cirurgia de Juliana por meio de doação do serviço.
No entanto, o médico responsável pela manipulação do aparelho não tinha data
disponível para o procedimento em Araçatuba.
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