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O
Conselho Federal de Farmácia mudou o jeito de a população comprar remédio.
Dentro de seis meses, as pessoas vão poder fazer uma pequena consulta com o
farmacêutico. Com isso, em caso de pequeno mal estar, o consumidor poderá
conseguir a receita sobre os remédios que deve comprar, com o próprio
farmacêutico. É ele quem vai explicar a forma de usar o medicamento. O conselho
defende que a medida reduz os casos de automedicação, mas há quem não concorde
com a resolução. As informações são do portal G1/TV Tem.
Com
medicamentos que não precisam de receita, a professora Lúcia Laroca, de
Araçatuba(SP), tenta resolver pequenos
problemas de saúde na família dela. O último foi com a filha Lara, de seis
anos, quando a menina teve dores na barriga. “Precisava de um remédio para dor
e não teria como levar minha filha para enfrentar uma fila de hospital para ser
atendida, sendo que na farmácia eles são capazes de avaliar o problema”,
afirma.
Mas
com a nova resolução do Conselho Federal de Farmácia, as próximas compras de
Lúcia deverão ser feitas com a prescrição, mesmo que seja de um farmacêutico. A
medida já foi publicada no Diário Oficial da União e tem 180 dias para ser
implantada.
A
norma pretende diminuir o velho costume de vir a farmácia, para comprar um
medicamento por conta própria. Uma prática que pode ser perigosa. O Brasil é o
quinto país em que a população mais se automedica no mundo. De acordo com o
Ministério da Saúde, em cinco anos, quase 60 mil internações foram provocadas
por intoxicação com remédios.
“O
farmacêutico vai empregar seu conhecimento técnico, prático, para auxiliar a
população na forma correta de utilizar o medicamento”, diz o presidente do
Conselho Regional de Farmácia, Marco Aurélio Poe.
A
analista de recursos humanos Maria Angélica da Silva teve sintomas de gripe.
Para conseguir o receituário do xarope, esperou por mais de uma hora por um
atendimento no hospital. “Perdi um dia de trabalho para fazer isso. Se os
farmacêuticos pudessem agilizar na prescrição de medicamento simples, ajudaria
bastante”, afirma.
A
decisão deve facilitar a vida do paciente. Uma pessoa que estiver com um
pequeno mal estar, pode passar pela entrevista com o farmacêutico e ser
medicada com receituário. O que dará mais confiança.
O
Conselho Federal de Medicina afirmou que vai entrar com uma ação na justiça,
contra a medida. Segundo os representantes do órgão, os farmacêuticos não foram
preparados para diagnosticar doenças, e às vezes, o que parece ser uma simples
dor de cabeça, pode ser sintoma de um problema muito mais grave.
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