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“Pensar
com a cabeça de baixo” é uma frase pronta para caracterizar homens que não
pensam em nada a não ser sexo, mulheres e mais sexo, mas o intuito aqui não é
discutir os méritos da sentença. Para “pensar com a cabeça de baixo” é preciso
ter, antes de tudo, uma cabeça, e cuidados com ela, principalmente de higiene,
são obrigatórios. As informações são do portal IG.
“O
homem fica com vergonha, com receios de comentar isso com alguém. Já aconteceu
da gente observar lesões enormes no pênis, coisa de 10 centímetros, que estão
há anos com o paciente, mas ele nunca foi ao médico por ter medo”, diz Fabio
Vicentini, urologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo. “É falta de
informação. Às vezes aparece uma lesão pequena e ele vai deixando. Isso pode
virar um câncer de pênis. Aí quando procura já é um problema grande”, completa.
O
câncer de pênis representa 2% dos tipos de câncer que atingem o brasileiro, e
de acordo com Eduardo Bertero, urologista e membro titular da Sociedade
Brasileira de Urologia (SBU), “ocorre com maior frequência nas regiões Norte e
Nordeste do País”.
Pensando
nesses 2% que a SBU realiza entre hoje e domingo, em cidades da Paraíba, Ceará,
Piauí e Rio Grande do Norte, a Campanha Câncer de Pênis Zero, cujo padrinho é o
ex-jogador e técnico de futebol Zico.
A
prevenção à doença é simples, bastando apenas a higiene diária da região com
água e sabão, segundo especialistas. Se essa informação não é suficiente,
Vicentini e Bertero falam sobre cuidados que você precisa ter.
HIGIENE
DIÁRIA NO BANHO
No
banho, procure lavar uma ou duas vezes por dia com água e sabão, e depois
enxugando com toalha ou papel higiênico. “É coisa básica, o sabonete consegue
resolver”, diz Eduardo. “É só manter limpo, água e sabão”, completa Fabio.
AO URINAR
“Sempre
que for urinar, se estiver com a mão suja, caso, por exemplo, de um mecânico,
pintor, motorista, cobrador, que mexe com dinheiro, tem que lavar a mão antes
de colocá-la no pênis. Uma bactéria que penetre na uretra ou um fungo pode
contaminar a região do prepúcio e produzir uma infecção local”, alerta Eduardo.
NA
HORA DO SEXO
“Outra
coisa importante é após a relação sexual. Depois que ejaculou, com ou sem preservativo,
o ideal é lavar a região logo em seguida, senão fica muito tempo em contato com
sêmen ou com a secreção vaginal, o que pode facilitar a proliferação de fungos
e bactérias”, afirma Bertero. E a camisinha, segundo Vicentini, é fundamental.
“Um fator de risco do câncer de pênis é o HPV. Se ficar muito tempo sem
tratamento pode evoluir para um câncer de pênis. Sempre tenha relações com
preservativos.”
FIMOSE
“Quanto
tem fimose (é quando a pele do prepúcio encobre toda a glande, ou cabeça) e não
consegue expor a glande inteira, você precisa operar, porque aí você não
consegue lavar, ver e identificar as lesões”, diz Fabio. Eduardo explica que ao
não conseguir fazer a higiene, o homem corre o risco de ficar com um odor ruim
na região íntima, acúmulo de uma secreção branca e gordurosa – o esmegma – e
candidíase, uma infecção: “Se não consegue expor a glande, eu realmente
recomendo a postectomia porque o fato de não colocar a cabeça para fora vai
propiciar umidade e calor no local, facilitando a proliferação de fungos e
bactérias”.
PELOS:
MELHOR TER OU NÃO TER?
Fabio
esclarece que a depilação íntima masculina não está associada com mais ou menos
doença. “Não tem ‘faça ou não faça’. É igual barba, é uma questão pessoal. Só
precisa tomar cuidado com pelos encravados, para não inflamar e infeccionar.”
Uma das vantagens de quem depila ou apara é uma visualização mais fácil de
possíveis lesões, verrugas ou anormalidades, segundo Eduardo.
O
EXAME DO TOQUE
Fabio
Vicentini revela que as dúvidas do homem quando ele vai ao urologista dependem
muito da idade. “Quando é criança, é fimose. Adolescentes vêm quando começam a
ter relações, querem saber se o tamanho está certo. Dos 20 aos 30 anos eles
perguntam sobre doenças. Depois dos 40 está relacionado ao câncer de próstata.”
Ao
passar da casa dos 40 anos de idade, o médico recomenda que os homens façam
dois exames: o famoso – e temido – de toque e o de PSA. O primeiro dispensa
explicações, enquanto o segundo analisa a quantidade de uma proteína, produzida
pela próstata, no sangue. Uma alteração nesta quantidade não é um bom sinal.
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