O
Ministério da Educação (MEC) anunciou neste quarta-feira (31) que desistiu de
incluir dois anos a mais no tempo de graduação do curso de Medicina do País.
Com a mudança, os estudantes continuarão sendo obrigados a atuar no Sistema
Único de Saúde (SUS), regra criada pelo programa Mais Médicos, mas o serviço
poderá ser prestado dentro do período da residência médica. As informações são do portal IG.
O
anúncio acontece após uma série de protestos contra a medida, que estabelecia
que a carreira ganharia em faculdades privadas e públicas dois anos extras –
aumentando de seis para oito anos de formação – para garantir um estágio
obrigatório dos futuros médicos nos programas de atenção básica e de urgência e
emergência do Sistema Único de Saúde (SUS) antes de receberem o diploma.
No
entanto, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, já tinha dito
anteriormente que há um consenso entre os especialistas designados para avaliar
o assunto de que esse período de formação em serviço pode ser aproveitado como
uma especialização ou parte dela.
Estou
otimista com as discussões. Essa (o aproveitamento) era uma possibilidade
aberta pela medida provisória que enviamos ao Congresso. O mais importante é
buscarmos entendimento sobre como melhorar a formação dos médicos no Brasil”,
afirmou o ministro.
Os
profissionais de medicina são contra, principalmente, dois pontos do programa:
este acréscimo de dois anos de serviço no Sistema Único de Saúde (SUS) aos
estudantes de medicina, revogado agora, e o incentivo para atuação de médicos
estrangeiros no País, sem a revalidação dos diplomas.
Além
do Mais Médicos, a categoria também é contra os vetos da presidente Dilma
Rousseff à Lei do Ato Médico. A classe médica argumenta não foi ouvida nas
negociações com o governo, o que exigiu ações "mais fortes" por parte
dos profissionais.