Depois
de dois anos com problemas na produção, os produtores de abacaxi do noroeste
paulista estão aliviados. A quantidade da fruta colhida deve aumentar. Apenas o
lucro que ainda vai ficar um pouco atrás, já que para não ter prejuízos por
causa do clima eles precisaram investir em irrigação. As informações são da TV Tem / G1.
O
produtor rural Shoji Korin se prepara para mais uma colheita de abacaxi. A
propriedade dele fica no município de Guaraçaí (SP), no noroeste paulista, um
dos maiores produtores da fruta do estado. Os números já são bem positivos
porque só no primeiro semestre, o produtor colheu cerca de 600 toneladas,
diferentemente dos últimos dois anos, quando ele perdeu boa parte da produção.
“No ano passado tivemos cinco meses de estiagem seguidos. Este ano não teve
este período prolongado, tem chovido nos meses que costumam ter estiagem e isso
ajuda”, afirma.
Sem
chuva durante um longo período, as frutas não desenvolveram, ficaram bem
menores do que o normal e o lucro não veio. Em 2012 choveu mais que em relação
aos anos anteriores, mas ainda sim de forma bem irregular, o que atrapalha o
desenvolvimento da fruta. Segundo especialistas, o segredo está na programação.
O produtor que se antecipou e investiu na irrigação, hoje colhe bons frutos.
“Os produtores se programaram melhor e se estruturaram em irrigação, como
plantar em locais com água perto. E se anteciparam a estiagem”, diz o
engenheiro agrícola Sílvio Satio Moriyama.
Em
outra propriedade de Guaraçaí, o produtor Antônio Fiumari gastou R$ 100 mil no
sistema de irrigação. No início do segundo semestre, como as chuvas não vieram,
os motores tiveram de ficar ligados durante 70 dias seguidos. Um investimento
alto, mas de retorno garantido. “A irrigação é um sistema caro e fizemos um
investimento alto. Mas ao longo do tempo ela se paga”, afirma o produtor
Antônio Fiumari.
Mais
de mil toneladas de abacaxi foram colhidas até agora e o preço pago pela fruta
também anima os produtores. O valor subiu de R$ 0,50 para R$ 0,90 centavos o
quilo. A fruta vai para indústria nacional, mas o mercado externo,
principalmente a Argentina, deve retomar as compras. “A gente tem a expectativa
que esse ano tenha uma melhora para exportar por causa do dólar, que está mais
alto. Então temos esta esperança que a exportação seja uma boa no fim do ano”,
diz.