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Em
dois meses, a cidade de Três Lagoas (MS) vai abandonar definitivamente a
alcunha de capital do gado e adotar um novo sobrenome: a da capital mundial de
celulose. Uma série especial da Folha de São Paulo mostra o crescimento da
cidade vizinha sul-mato-grossense.
Com
a inauguração da fábrica da Eldorado Brasil, em novembro, o município atingirá
uma capacidade para produzir três milhões de toneladas de celulose por ano.
É
a maior capacidade de produção da matéria-prima em uma única cidade no mundo.
Uma
mudança radical na vocação econômica do município sul-mato-grossense que, até a
década de 90, abrigava um dos maiores rebanhos de gado do país, de um milhão de
cabeças.
O
investimento de R$ 6,2 bilhões do grupo da J&F se soma ao da concorrente
Fibria, que inaugurou em 2009 uma fábrica na região com capacidade para
produzir 1,3 milhão de toneladas ao ano.
Os
novos projetos fazem parte de uma onda de investimentos que invadiu a cidade
nos últimos oito anos.
Nesse
período, R$ 12 bilhões foram aplicados em projetos como o da multinacional
Cargill, que inaugurou em agosto uma fábrica de biodiesel, ou da Votorantim,
que inicia as atividades de uma siderúrgica em novembro.
Já
a Petrobras constrói uma fábrica de fertilizantes que consumirá R$ 4,25 bilhões
e começa a operar em 2014.
FARTURA DE TERRAS
A
logística trimodal (ferrovia, hidrovia e rodovia) e os incentivos fiscais são
apenas algumas das características que atraíram as fabricantes de celulose para
Três Lagoas.
A fartura
de terras no nordeste de Mato Grosso do Sul também explica o interesse.
A
disponibilidade permite que as florestas de eucaliptos, matéria-prima da
celulose, sejam plantadas próximas às fábricas, reduzindo o custo de operação.
"Essas
facilidades trazem reduções de custos importantes para a produção de uma
commodity", diz José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Brasil.
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