Uma
falha de comunicação entre o governo e a Organização das Nações Unidas (ONU)
aumentou em R$ 25 milhões, da noite para o dia, as despesas da Conferência do
Clima Rio+20. Às vésperas da cúpula internacional sobre desenvolvimento
sustentável, o Brasil teve que desembolsar mais dinheiro público para contratar
às pressas uma empresas para fazer o credenciamento dos participantes e o
acompanhamento de autoridades.
Em abril, imaginando que caberia à ONU a responsabilidade sobre o serviço, a
organização brasileira do evento perguntou à entidade como seria feito o
serviço - que estava de fora do orçamento previsto. Foi informada de que os
custos deveriam ser assumidos pelo país anfitrião.
Faltando menos de dois meses para a Rio +20, constatou-se que não havia tempo
hábil para fazer uma licitação. Para solucionar o problema de última hora, seis
empresas - escolhidas pelo critério de experiência anterior em eventos
internacionais - foram convidadas para fazer propostas. “Recebemos a
carta-convite, mas tivemos pouco tempo para preparar uma proposta”, justificou
a gerente de marketing de uma das concorrentes. Três delas demonstraram
interesse e foram classificadas.
O Itamaraty ainda não divulgou o nome da vencedora. Informou apenas que o
balanço das despesas vai ser divulgado até julho. “Tudo será transparente e
todas as despesas serão comprovadas”, garantiu o diplomata Laudemar Aguiar,
secretário do Comitê Nacional de Organização da Rio+20.
Falha de comunicação faz custo da Rio+20 aumentar em R$ 25 mi
Falha de comunicação faz custo da Rio+20 aumentar em R$ 25 mi
